segunda-feira, 31 de julho de 2017

Cufa Curitiba participa da banca do prêmio Bom Exemplo Paraná

No dia 25 de Julho, a Central Única das Favelas de Curitiba, através da pessoa do seu Presidente Estadual José Antonio C. Jardim (Zé da Cufa) participou do Premio Bom Exemplo Paraná. Juntamente com outros curadores na sede da Rrp Tv na última terça-feira, Jardim compôs a banca examinadora, na ocasião selecionaram os cinco (5) finalistas da categoria Cidadania. O Prêmio Bom Exemplo é uma iniciativa da Fundação Dom Cabral em parceria com RPC Tv e visa fomentar as boas praticas cidadãs e visibilizar pessoas que em meio ao seu cotidiano desenvolveu ações positiva que colabora com á sociedade.
No entanto, a partir do dia 31 de julho a 4 de agosto, os cinco finalistas serão revelados em matérias veiculadas no Bom Dia Paraná. Depois das apresentações em rede estadual o público poderá escolher entre os cinco semifinalistas os três finalistas por meio do voto popular, via enquete no site do concurso: http://redeglobo.globo.com/rpc/Premio-Bom-Exemplo/ Ao todo, neste edição foram mais de 600 indicados de toda á região do Paraná. Outros detalhes sobre a seleção podem ser conferidos no link: http://redeglobo.globo.com/rpc/Premio-Bom-Exemplo/noticia/bom-exemplo-2017-banca-analisa-projetos-da-categoria-cidadania.ghtml

Liga Paranaense dos dragões – Cufa Cambé

Desde 2000, a Liga Paranaense dos Dragões - CUFA Cambé atende crianças e adolescentes no Projeto Social Liga. Disponibilizando aulas gratuitas de boxe, muaythay e kickboxing, no Jardim Ana Eliza III. Na Liga são atendidos aproximadamente 60 alunos que além das atividades esportivas tem à disposição ações sociocultural. "Nossa missão é ajudar na melhora da qualidade de vida do jovens e além acompanhar o desenvolvimento de cada criança não só na academia, mas na escola. Buscamos aproximar os pais e filhos, difundir a paixão pelo esporte. Em breve pretendemos por á disposição da comunidade a biblioteca comunitária, ginástica para os idosos, cursos de inglês, entre outras atividades." afirma Mestre Kim
A Liga foi idealizado por José Roberto Nicolau (Mestre Kim) que na infância sonhava em estudar artes marciais e só na juventude pode ter acesso á prática de capoeira, boxe e outras. Mestre Kim, não demorou em se despontar nas artes marciais, pois tem facilidade em absorver conhecimento. A Liga, passou a fazer parte da Central Única das Favelas em 2010; a Cufa apoia iniciativa como esta por entende à importância do esporte na formação do individuo e além da qualidade de vida – saúde. Em parceria com academias da região ambas as instituições tem a prática de adotar crianças para treiná-las na mais várias áreas das artes marciais. 
E, sobre á tutela da ISKA Mundial a Liga, academias e a Cufa (Central Única das Favelas) tem organizando grandes festivais de lutas em Cambé e região, visando o fomento das artes marciais através de competições (amadora) de boxe, jiu-jitsu e muay thai e disputas profissionais de cinturões pela ISKA. Os eventos acontecem três vezes durante o ano em regiões diferentes. O objetivo de se juntar coletivamente é para disponibilizar aos atletas de favelas oportunidade de se profissionalizar e seguir carreia. A exemplo o atleta Cleitinho de Cambé que vem se destacando não só nos eventos da Liga como em outras competições na região. Dono de dois cinturões paranaense de boxe e muay thai.

 Cleitinho




sexta-feira, 28 de julho de 2017

Todos queremos ser respeitados e isto faz bem à nossa saúde

Versos | Prosas - Por Hernani Pereira dos Santos

O que o hip-hip, os graffitis, o skateboarding e o streetdancing têm em comum?  Além de serem palavras estrangeiras, todas elas designam práticas artísticas ou esportivas com um claro apelo estético e emocional destinado à população marginalizada e periférica, apesar de hoje estarem bastante difundidas nos contextos os mais diversos. Afinal, estas práticas surgiram todas de contextos periféricos – a maior parte delas, dos subúrbios e periferias estadunidenses. Contextos periféricos habitados por gente periférica.

 A maior parte desta gente era formada por jovens. Jovens estes que lidavam, diretamente, com a questão de qual identidade deveriam conquistar e defender para si. Identidade esta que, por sua vez, só poderia ser conquistada e defendida em face do outro, daquele que é diferente de mim. Assim surgiram diversas tribos urbanas, algumas das quais foram, com o tempo, assimiladas pela população periférica brasileira, novamente por uma questão de identidade e de diferença. A grande questão é que nem sempre somos respeitados em nossa identidade e em nossa diferença. Lembre-se, a título de exemplo, da recente proposta de criminalização do funk (outro nome importado, mas apropriado de acordo com todas as idiossincrasias das populações brasileiras). Alegando a pretensa defesa da “criança, o menor, adolescentes e família”, contra um suposto “crime de saúde pública”, esta proposta teve mais de 20.000 assinaturas e foi encaminhada para consulta pública (maiores detalhes podem ser consultados aqui:  http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/129233). 
Basicamente, o que se está dizendo é que esta prática cultural não deve ser reconhecida social e legalmente e que todo aquele que se vale dela com fins de autorrealização não pode mais contar com este laço de solidariedade que lhe garantia, pelo menos, a liberdade de seu exercício. Não é novidade alguma afirmar que somos seres sociais. Mas, talvez caiba enfatizar que a maneira como nos tornamos seres sociais e nos mantemos fiéis em nossos laços de sociedade depende da maneira como somos reconhecidos e respeitados. O primeiro reconhecimento, certamente, vem de nossos laços familiares mais íntimos. E a nossa confiança nos outros vem do amor que a nossa família é capaz de nos oferecer. Muitos jovens, infelizmente, sofrem com a rejeição familiar por não se encaixarem no conjunto de valores de suas famílias. Isso, sem dúvida, reflete em prejuízo na capacidade que eles têm de confiar em outras pessoas e de se sentirem seguros – literalmente, “em casa” – perante o diferente.
A fala de uma figura pública tem, é claro, os mais amplos impactos sobre a maneira como uma pessoa se relaciona com os outros e com ela mesma. Os efeitos de uma fala transmitida em rede nacional, por exemplo, podem reverberar de diversas formas sobre a maneira como um indivíduo vê a si mesmo e aos outros. Um rebaixamento constante de uma identidade ou de um grupo pode levar à negação de determinados traços ou práticas por parte de um sujeito ou um grupo de sujeitos e mesmo à culpa e à vergonha de ser quem se é, ou, no lado contrário, à violência e à violação de direitos por parte de outro grupo. Tome-se como exemplo o caso de pessoas membros da religião candomblecista que, devido ao estigma social, preferem não assumir ou expressar a sua religiosidade em público, pois sabem que serão rechaçadas ou excluídas de uma determinada esfera de convívio social.
Tome-se, também, o caso de indivíduos negros que deixam de considerar positivamente os seus traços físicos, ou mesmo as suas capacidades psicológicas, devido a um rebaixamento social destas características e, associado a ele, a um certo ideal de que as características associadas ao “branco” são mais positivas. Estes são apenas alguns poucos exemplos. Ao longo de nossas vidas, também queremos compartilhar de nossas experiências, crenças e valores com círculos mais amplos de pessoas, das quais nos tornamos amigos. Com estas pessoas, nos associamos de maneira mais duradoura e em vínculos de maior reciprocidade e respeito. Para além destes, também esperamos que os círculos mais amplos de pessoas, ao que damos o nome de “sociedade”, nos deem o respaldo para que possamos exercitar a nossa liberdade de crença e de valores, conforme algumas regras básicas de convivência. Desta forma, não esperamos que o Estado, por exemplo, nos coíba de exercer determinadas práticas estéticas ou culturais e por meio das quais nos reconhecemos mutuamente como pertencentes a um grupo.
Existirão conflitos, sem dúvida, mas, quanto maior for a violência pela qual somos coibidos neste exercício, menor será, em retorno, a nossa confiança naquele que nos coíbe (obs.: isto vale, também, para as relações entre pais e filhos). Um espaço de negociação deve sempre ser mantido, sobretudo nos casos de conflito. Acontece que, em muitos casos, o reconhecimento social e o respeito nos são negados de modo injustificado. Não há boas razões pelas quais um sujeito negro não possa ter como positivamente valorado os seus traços físicos pelos seus próximos ou, então, não possa ser reconhecido como merecedor de um status social que se julga como merecedor no meio de um grupo. Durante muito tempo, tanto no Brasil quanto em outros países, a justificativa dominante para esta depreciação e este rebaixamento estaria na (suposta) inferioridade da raça negra. Esta justificativa teve, de início, uma base “científica”. Mas, nada mais do que uma base científica suposta.
Além disso, também se baseou em um sistema extremamente excludente e segregatório pelo qual as oportunidades de fruição do convívio social e de governo da própria vida lhes eram negadas. Um sistema que, por outro lado, beneficiou uma série de pessoas que detinham o poder sobre os negros. Todavia, rejeitada a ideia de que haveria uma “raça inferior”, por que, ainda, mantêm-se os preconceitos e as práticas de exclusão com relação às pessoas negras? Pessoas ainda acreditam que sujeitos negros não são merecedores do reconhecimento social – e este reconhecimento não implica apenas o clássico sucesso financeiro ou de carreira. E este é um grande problema da sociedade brasileira nos dias de hoje (veja-se o texto de Karen Cogo sobre o racismo velado no Brasil, publicado aqui no Blog da CUFA: http://cufa-pr.blogspot.com.br/2017/07/o-racismo-e-velado-no-brasil_5.html).
 A ausência de reconhecimento e de respeito conduz a reações e emoções negativas nas pessoas. Aquele que se vê não reconhecido e não respeitado se vê ora com vergonha, ora com sentimento de culpa, ora com raiva ou com indignação moral. A coisa só piora quando a este cenário se soma a violência, seja ela física ou mesmo simbólica. Ter os cabelos puxados, ser esbofeteado, levar uma rasteira, ouvir palavrões ou palavras de rebaixamento moral, direcionadas para si ou para o grupo ao qual se pertence, ser impedido de transitar em um local público por conta de determinadas características físicas ou comportamentais ou por conta de seu credo, tudo isto é violência e tudo isto acontece ainda nos dias de hoje. Ver-se diante da negação dos próprios direitos é, pois, uma violência para com o sujeito: ele sê vê ou se sente como menor do que o outro e, portanto, como menos digno. A experiência constante destas emoções negativas tem, basicamente, duas saídas: por um lado, o sujeito pode se sentir menos capaz, menos potente, menos “energizado”, em seu dia a dia e perceber-se, com o tempo, depressivo; por outro lado, o sujeito pode, através da experiência destas emoções negativas, perceber que os seus direitos estão sendo violados e que não está sendo moralmente reconhecido e, assim, envolver-se na luta pela conquista de direitos e pelo reconhecimento social.
Ora, fica muito claro que, de um ponto de vista psicológico, o reconhecimento social e a garantia e o respeito de direitos básicos são um fator importante de nossa saúde. Se somos reconhecidos e respeitados, sentimo-nos capazes e podemos continuar no livre exercício de nossos projetos nas interações que mantemos com as outras pessoas. Se, por outro lado, não somos reconhecidos e respeitados, se temos os nossos direitos violados e sofremos violência, sentimo-nos incapazes, perdemos a confiança nos outros, deixamos de elaborar alguns projetos, que nos trariam maior satisfação com a vida, e podemos até mesmo chegar a evitar, progressivamente, o convivío social. É importante que todos os indivíduos possam ser reconhecidos e respeitados. Em alguns casos, podem precisar de ajuda especializada para voltarem a sentir-se capazes, seguros ou confiantes. Em outros, necessitarão da articulação de uma organização, de coletivos ou de um movimento social para que possam lutar por aquilo de que ainda carecem para o pleno exercício de suas capacidades e projetos no convívio social.
Hernani Pereira dos Santos é professor universitário do curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Londrina, e doutorando da UNESP de Assis.
Contato: jose.cufaparana@gmail.com


MV Bill e Celso Athayde deixam a CUFA

Fundadores da CUFA, Celso Athayde e MV Bill, deixam ONG após 20 anos. Aconteceu no dia 25 de julho, Rio de Janeiro, a transição de diretoria estadual da CUFA. MV Bill e Celso Athayde deram lugar para Nega Gizza Presidente Estadual; Altair Martins Diretor Executivo; Elaine Caccavo Diretora Administrativa e Galdino Obando Diretor Social. A cerimônia de posse contou com apresentação de capoeira SBC e com a presença parceiros históricos da instituição, como Anderson Quack, Jair da Matta e Marilza Pereira.
Á 20 anos à frente da organização Celso Athayde e MV Bill, deixam ONG a troca foi formalizada no Viaduto Madureira, onde a Cufa desenvolve os projetos e interliga todas as ações nacionais e internacionais. Ao longo das duas últimas décadas, Celso e Bill contribuíram para que a CUFA ganhasse o mundo e atuasse, hoje, em 412 cidades, 27 estados brasileiros e em 17 países, com inúmeros prêmios internacionais de reconhecimento pela importância dos trabalhos da entidade, como Prêmio Darcy Ribeiro, Unesco, Rey da Espanha e ONU.
Entre os principais feitos estão o Hutúz Rap Festival, Taça das Favelas, Liga Internacional de Basquete de Rua (LIIBRA), Rock in Rio Social e a Semana Global da CUFA em Nova York. Agora, a dupla pretende se dedicar a projetos pessoais. Athayde embarca no mundo empresarial como presidente da Favela Holding, um grupo com 21 empresas especializadas em negócios nas favelas, enquanto Bill passa a doar-se exclusivamente à carreira artística e nega que irá concorrer a uma vaga para o senado, apesar das pesquisas apontarem que teria mais de um milhão de votos.
Nunca fiz parte da CUFA juridicamente, nunca assinei documentos ou tive função oficial. Mas isso não diminuiu a minha responsabilidade com o nosso coletivo nacional. A CUFA é a minha vida, a minha fé, a minha convicção. Na CUFA conheci o significado do amor ao próximo e de humildade. A CUFA é a maior escola do mundo. Despedir-me do cotidiano da CUFA, mas não das suas iniciativas. Deixo para os novos diretores as decisões e passo a ser um soldado voluntário, um guerreiro pronto para todos os chamados. O Hip Hop é o maior movimento político do mundo, e por isso eu já faço política todos os dias.
Quanto a convites para a política, sim, sempre existiram. Mas ainda não me seduziram. As favelas precisam de referência na política urgentemente, mas existem pessoas melhores que eu para esta missão, afirma MV Bill Celso Athayde também fala sobre a sua saída. Minha missão agora é outra. É distribuir oportunidades de negócios e consolidar a revolução social por vias econômicas. Através da Favela Holding vamos trabalhar com as mesmas pessoas e nos mesmos lugares, continuando a mostrar que as favelas têm gente potente, não apenas carente. Não estou deixando a CUFA, apenas passando o bastão para novos atores.
Um dos meus objetivos a frente da FHolding é ajudar a CUFA financeiramente e potencializar a mão de obra das pessoas das favela. Nossa holding será uma das mantenedoras da CUFA. Além disso, vou continuar com minha relação de apoio às ações da CUFA, sempre pensando em formas alternativas para interagir com as favelas e seus moradores. É como um pai que fica feliz em ver que o filho cresceu e agora consegue caminhar com as próprias pernas. Mas estarei sempre por perto, completa.
Com a saída de Athayde e Bill, a direção será formada por Nega Gizza, Elaine Caccavo e Altair, assumindo, respectivamente, as funções de presidente, diretora administrativa e diretor financeiro, além de Galdino, morador da favela de Acari que acaba de retornar de Portugal e assume o centro de tecnologia da instituição. “É mais um desafio! São 20 anos de caminhada dentro da CUFA ao lado de Celso, Bill e tantos outros que aqui passaram. Aprendemos muito e nosso time está preparado para assumir. Somos uma família de muitas lutas e estaremos juntos para mais essa etapa”, afirma Gizza. Para outras informações acesse www.cufa.org.br
Cufa Paraná: contato.cufaparana@gmail.com









quarta-feira, 26 de julho de 2017

Arte Livre - Encontro de Graffiti de Toledo

Arte Livre é um dos maiores eventos realizados no Oeste do Paraná com intuito de agregar valores a Cultura Hip Hop, como forma de expressão e valorização dos artistas paranaense. Nesta primeira edição as imagens revelam a diversidade da Cultura de Rua existente em nosso estado,  em relação ao Movimento Hip Hop, skate e outros, imagens estas registradas no Centro da Juventude Mariana Luiza Von Borstel, Jardim Coopagro no último sábado dia 22. O Arte Livre é uma iniciativa da Central Única das Favelas de Toledo em parceria com as secretarias de Cultura e Juventude. O evento reuniu aproximadamente 350 pessoas. 
Foram momentos de intensas trocas, saberes e convivência. 
Na ocasião aproximadamente 250 metros de murro foram revitalizados por 36 grafiteiros de Curitiba, Cascavel, São Paulo e Maringá. As tintas doadas pela Central Tintas e a madeira utiliza nas rampas de skate por empresas local, o evento tem apoio de varias empresas e parceiros e, entre eles á RPC Tv. O objetivo do Arte Livre é  reunir os amantes das artes urbanas e juntos expor suas modalidades e talentos. “O nosso foco não é arrecadação, mas proporcionar um momento de lazer e aprendizado para os jovens e a comunidade em geral”, salienta Isaac; Coordenador da Cufa. 
Neste edição houve também competição de skate, batalhas de break, all style, cypher. Cerca de 40 dançarinos de break e 26 de all style divertiram-se e esparramaram. A Cufa tem o papel de organizar, incentivar e legitimar o discurso desses grupos, mas também fomentar, fortalecer e enaltecer a cultura hip hop , difundindo a arte do grafite e reduzindo preconceitos. Obrigado a todos os colaboradores, profissionais envolvidos e principalmente aos artistas e atletas que estiveram presentes. É hora de mostrar que o Hip Hop é cultura e é de rua! 








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segunda-feira, 24 de julho de 2017

VI Edição do Conexão Cultura, Curitiba

No dia 08 de Julho, a Central Única das Favelas de Curitiba realizou o Conexão Cultura. Desta vez á edição teve patrocínio do Instituto Robert Bosch e foi direcionado aos alunos e pais do Colégio Estadual Arlindo C. Amorim, localizado na Cidade Industrial Curitiba – CIC. O dia da família é uma iniciativa do instituído Bosch para o fortalecimento de vinculo familiar, na ocasião, além de promover a confraternizar entre pais e alunos, os participantes puderam assistir apresentação da trupe de circo, luta de robôs e outras atividades. Para os alunos foi disponibilizado oficinas de skate, graffiti, Dj e breaking. Nas oficinas receberam os fundamentos básicos de cada modalidade.
Com o grafiteiro Francês os alunos além de apreciar á arte urbana, participaram da aula prática sobre graffiti e puderem contribuir diretamente no autorretrato de Paulo Leminski no murro do colégio. Com Bruno Felipe, skatista profissional com vasta experiência nacional como atleta os alunos receberam as noções básicas para iniciar as primeiras manobras. Lembrando que é necessário uso de equipamentos de proteção para esta prática. Com o Dj-Bk12 não foi diferente os alunos mergulharam na batidas das pinckups e alegram o publico que se divertiam com as apresentações de breaking.
O objetivo da Central Única das Favelas é oferecer através da cultura urbana contribuições significativa que eleve a autoestimas dos jovens, difundindo o patrimônio cultural, facilitando o acesso e dinamizar a cadeia produtiva cultural entre a população. Promovendo assim ações afirmativas que sejam inclusivas e contribuam para o fim de todo tipo de discriminação, aproximando os jovens de favela da sua própria cultura periférica, dos espaços culturais e público, oferecer novas dinâmicas de sociabilidade, valorizando a troca de experiência e estimular á produção cultural.







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domingo, 23 de julho de 2017

Sobreviventes da selva de pedra

Versos | Prosas - Por José Antonio C. Jardim
Alguns anos atrás, a favela – ou os moradores das favelas – eram responsabilizados pela maioria das desgraças sociais ocorridas. A própria palavra “favela” era evitada até por alguns moradores. Assumir que era morador de favela lhe renderia alguns rótulos, pois algumas pessoas acreditam que parte das mazelas (violência, drogas, assassinatos e outros) ocorridas na sociedade por culpa dos “favelados”. Nota-se que o preconceito em relação ao território e seus moradores em parte são propagados pela desinformação.
Favela Tiradentes - Curitiba - Arte Francês e alunos
Desta forma, foi-se o tempo em que a favela era reduto de baixa renda. Uma radiografia desses territórios recém lançada tem mostrado a nova favela brasileira. E, ao expor o ressurgimento dos anônimos para o seu devido lugar na cadeia de produção e consumo. Nos leva á reflexão não só do território geográfico, mas ao que atribui-se. Os avanços financeiros podem ser visto no livro Um país chamado favela, escrito por Celso Athayde (fundador da Central Única das Favelas) e Renato Meirelles (presidente do Data Popular). Eles demonstrada por A+B á evolução financeira das favelas, desmistificando toda estigma de pobreza atribuído á favela. Isto nos leva também á reflexão que estes territórios não são o únicos e exclusivos reduto propagador de mazelas sociais.
As favelas não é e nunca foi o berço da violência no Brasil como também não é o berço da pobreza ou da bandidagem. A pesquisa feita com 2 mil moradores de 63 favelas brasileiras demostra que a classe média dobrou de tamanho nas comunidades e a média salarial é de R$ 910 reais, metade das casas tem tevê de plasma ou de LCD, computador e micro-ondas. Um território consumidor que em comparação aos países como Paraguai e Bolívia tem um maior consumo e giro financeiro. Com população estimada em 12 milhões de pessoas e um giro de 56 bilhões e se fosse um estado brasileiros, seria maior que o Estado do Paraná.
Observa-se que as favelas evoluíram – não só financeiramente, culturalmente e socialmente, mas em todos os sentidos. Para Preto Zezé, Presidente da Cufa Brasil, “o acesso à economia tirou as favelas brasileiras do papel de coadjuvantes da sua própria história; são protagonistas, peças-chave do processo de desenvolvimento. Hoje, não cabe mais este discurso generalizado. Os moradores de favelas não aceitaram mais ser coadjuvantes da própria história e nem ser subprodutos de atravessadores, somos protagonistas da nossa própria história”. E, para Celso Athayde, fundador da Central Única das Favelas. “Na favela não há pessoas carentes, carente é como nos chamam, na favela há pessoas que produzem, trabalham e lutam por seus sonhos”. 
"Nos dias atuais em nossas favelas as pessoas não se permitem mais ser “buchas”, pautadas por lutas alheias. Queremos a cada dia sair do estado de invisibilidade, cansamos de empunhar bandeiras alheias que não nos representa, agora lutam pelos nossos próprios interesses. As favelas tornaram-se autossustentáveis, os moradores não mais aceitam ser “ratos de laboratório”. Comenta Zé da Cufa - Presidente da Cufa Paraná. Não pactuam com o medo das contradições, dos rótulos; vamos à luta, transformam o estigma em carisma, o rancor em amor, não omitimos mais nossas fraquezas; ao contrário e é na fraqueza que nos fazemos fortes.
Hoje, podemos projetam nossa visão de mundo e nos fazemos presentes no discurso da vida pública. Não temos mais como olhar as favelas como o primo pobre da sociedade burguesa, mas sim como parte da sociedade. As favelas querem mais porque sabem que o passado não foi fácil, e, quando olham para o futuro, sabem que é possível fazer muito mais, não só pelas favelas, mas pelo país como um todo.
Este relato encontra-se disponível em outras mídias | Zé da Cufa - como é conhecido é ativista social, empreendedor social, produtor cultural, palestrante e é Presidente Estadual da Central Única das Favelas do Paraná. 

O projeto - Versos/Prosas e Favela | foi idealizado por Zé da Cufa que é Presidente Estadual da Cufa Paraná, psicólogo, pastor e ativista em favor de reflexões e ações de combate aos excluído e marginalizados. E-mail: jose.cufaparana@gmail.com

quarta-feira, 19 de julho de 2017

MV Bill e Celso Athayde deixam a CUFA

Fundadores da CUFA, Celso Athayde e MV Bill, deixam ONG após 20 anos. Fundadores da Central Única das Favelas, Celso Athayde e MV Bill, deixam a direção da CUFA no próximo dia 25, depois de 20 anos à frente da organização. A entidade passa a ser administrada pela rapper Nega Gizza, a produtora de eventos Elaine Caccavo, o diretor de TI Wellington Galdino e o administrador financeiro Altair Martins, que já atuam na ONG há anos. A troca será formalizada em um café da manhã entre amigos e colaboradores no viaduto de Madureira, a partir das 10h.

Ao longo das duas últimas décadas, Celso e Bill contribuíram para que a CUFA ganhasse o mundo e atuasse, hoje, em 412 cidades, 27 estados brasileiros e em 17 países, com inúmeros prêmios internacionais de reconhecimento pela importância dos trabalhos da entidade, como Prêmio Darcy Ribeiro, Unesco, Rey da Espanha e ONU. Entre os principais feitos estão o Hutúz Rap Festival, Taça das Favelas, Liga Internacional de Basquete de Rua (LIIBRA), Rock in Rio Social e a Semana Global da CUFA em Nova York. Agora, a dupla pretende se dedicar a projetos pessoais. Athayde embarca no mundo empresarial como presidente da Favela Holding, um grupo com 21 empresas especializadas em negócios nas favelas, enquanto Bill passa a doar-se exclusivamente à carreira artística e nega que irá concorrer a uma vaga para o senado, apesar das pesquisas apontarem que teria mais de um milhão de votos.
“Nunca fiz parte da CUFA juridicamente, nunca assinei documentos ou tive função oficial. Mas isso não diminuiu a minha responsabilidade com o nosso coletivo nacional. A CUFA é a minha vida, a minha fé, a minha convicção. Na CUFA conheci o significado do amor ao próximo e de humildade. A CUFA é a maior escola do mundo. Dia 25 eu vou me despedir do cotidiano da CUFA, mas não das suas iniciativas. Deixo para os novos diretores as decisões e passo a ser um soldado voluntário, um guerreiro pronto para todos os chamados. O Hip Hop é o maior movimento político do mundo, e por isso eu já faço política todos os dias. Quanto a convites para a política, sim, sempre existiram. Mas ainda não me seduziram. As favelas precisam de referência na política urgentemente, mas existem pessoas melhores que eu para esta missão“, afirma MV Bill
Celso Athayde também fala sobre a sua saída. "Minha missão agora é outra. É distribuir oportunidades de negócios e consolidar a revolução social por vias econômicas. Através da Favela Holding vamos trabalhar com as mesmas pessoas e nos mesmos lugares, continuando a mostrar que as favelas têm gente potente, não apenas carente. Não estou deixando a CUFA, apenas passando o bastão para novos atores. Um dos meus objetivos a frente da FHolding é ajudar a CUFA financeiramente e potencializar a mão de obra das pessoas das favela. Nossa holding será uma das mantenedoras da CUFA. Além disso, vou continuar com minha relação de apoio às ações da CUFA, sempre pensando em formas alternativas para interagir com as favelas e seus moradores. É como um pai que fica feliz em ver que o filho cresceu e agora consegue caminhar com as próprias pernas. Mas estarei sempre por perto”, completa.
Com a saída de Athayde e Bill, a direção será formada por Nega Gizza, Elaine Caccavo e Altair Martins, assumindo, respectivamente, as funções de presidente, diretora administrativa e diretor financeiro, além de Galdino, morador da favela de Acari que acaba de retornar de Portugal e assume o centro de tecnologia da instituição. “É mais um desafio! São 20 anos de caminhada dentro da CUFA ao lado de Celso, Bill e tantos outros que aqui passaram. Aprendemos muito e nosso time está preparado para assumir. Somos uma família de muitas lutas e estaremos juntos para mais essa etapa”, afirma Gizza.


E-mail: contato.cufaparana@gmail.com

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Encontro Regional da Cufa – Norte do Paraná

A Central Única das Favelas do Paraná, no ultimo dia 15 de Julho se reuniu para avaliar e elabora o plano de ação do segundo semestre de 2017. Após a recepção e integração dos participantes no Centro Multiplo Uso, em Cambé, o Coordenador de Londrina deu as boas vindas aos participantes. Além dos convidados participaram os coordenadores e representantes da Cufa de Londrina, Cambé e Ibiporã. O objetivo dos encontros regionais é o fortalecimento e desenvolvimento das bases e além discutir ás possíveis melhoria na qualidade dos projetos e serviços executados.
Na pauta discutiram-se os planejamentos e ações que irão contribuir com os projetos sociais, educacionais, artísticos, culturais, esportivos, de saúde, de cidadania e de integração ao mercado de trabalho, como forma de apoio às políticas públicas desenvolvidas nas cidades, ampliação e apoio as novas bases. Á convite de Leandro Palmeirah, coordenador de Londrina, os participantes puderam apreciar a palestra do Bruno Cardial, radilista com uma vasta experiência em comunicação, Cardial é presidente do conselho municipal da juventude em Londrina e falou sobre os desafios da comunicação não só na rede sociais, mas no cotidiano.
A ideia de realizar os encontros no interior faz parte da política de descentralização da Cufa Brasil, utilizado nos encontros nacionais. Dessa forma, leva para fora do eixo central discussões com novos atores e gestores sociais e além de que proporciona aos participantes vivenciar á realidade das pequenas cidades a finalidade é possibilitar á troca de informações e descentralização do capital. Acreditamos nos jovens e eles são um instrumento poderoso não só para transformação social, mas para isto ele depende de oportunidade, acreditamos que o encontro é uma oportunidade. Ao entrar em contato com outros jovens que estão fazendo algo, eles tem a oportunidade de despertamos novos saberes.


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sexta-feira, 14 de julho de 2017

A Cufa lançou Cufa Card

O CUFA Card nasceu da parceria entre a FHolding - Favela Holding e a Conta Um. Conta Um é uma das maiores empresas brasileiras em soluções financeiras digitais e a Favela Holding é a primeira holding social do mundo, gerenciando diversas empresas como FVV Agências, iNFavela, Comunidade Door e sendo a mantenedora da CUFA – Central Única das Favelas, fundação que atua em favelas de todos os estados brasileiros e em outros 17 países.
 Na foto os embaixadores oficiais do novo cartão: Dudu Nobre, MV Bill, Ronan Oliveira e Nega Gizza
Esta parceria tem como objetivo principal o desenvolvimento de favelas e de seus moradores, atuando junto a empreendedores comunitários, fomentando e promovendo novas oportunidades de negócios, empreendedorismo e empregabilidade. E é nesta linha que criamos o CUFA CARD, o cartão pensado especialmente para a favela, com benefícios diferenciados. Mais do que um cartão, o CUFA Card é um canal de inclusão social e financeira para os moradores de favelas e periferias do Brasil.
Um serviço de cartão pré-pago direcionado a moradores de comunidades pobres foi lançado hoje (11) pela Central Única de Favelas (CUFA), que tem a meta de chegar a um milhão de clientes em seis meses. A dispensa de comprovações de renda e residência é uma das estratégias para atrair esse público, que muitas vezes não consegue ter conta bancária.
Fizemos um estudo e descobrimos que 93% dos moradores das favelas usam cartão de celular pré-pago. E descobrimos também que os poucos que não usam, têm algum parente que usa em casa. Ou seja, praticamente todos os lares das favelas têm celular pré- pago. Concluímos que crédito de telefone na favela é dinheiro vivo, dinheiro na mão.
Por isso, pensamos em benefícios reais para nossos clientes e revertemos totalmente o valor da mensalidade em créditos de celular, e ainda pagamos mais R$2,50 em créditos todo mês para usar nossos serviços. Mas caso o cliente não tenha dinheiro na conta no mês, ele não ficará devendo absolutamente nada. CUFA Card, o cartão feito para favela!




Mais informações: https://www.cufacard.com.br/