segunda-feira, 4 de setembro de 2017

“No comando ou comandados. ...”

Versos | Prosas - FAVELA | Por Sérgio dos Santos - Grilo
SERES HU (Manos)!  PESSOAS! 
Sejam elas de qual classe pertencer, percebemos que carecem de profundos relacionamentos com os “próximos”. Relacionamentos estes, que de forma quase “mágica”, impacta tanto as suas existências, que os leva, ao mais alto nível de inspiração, ao ponto de imitá-los - “imagem” e/ou “pessoa” - que de fato é aceita como persuasiva. Será? E se é que o são. O que se tem influenciado ao próximo?
Em uma sociedade de muitos “mestres” cheios de si e poucos “aprendizes”. O negativismo ganha espaço avassalador e causa grande desconforto. Será estamos no “comando”, e este acaso é saudável? Respeitando a ordem natural da vida, ou não passamos de “comandados” pelos fatores negativos dos quais pegamos e somos modelos? Vejamos... Certo artigo trazia a seguinte frase:  ¹“Mas eu já comando minha própria vida e também estou conquistando meus objetivos! ”. Parece difícil entender esta afirmação “comando minha própria vida”, pois basta um olhar mais pretensioso ou sincero ao nosso redor, e identificamos pessoas com atos no mínimo descontrolados e /ou a “Coragem da Massa”, aquilo que a psicologia trabalha muito bem, o que não faria sozinho, tem a coragem se estiver em grupo (embora quem vos escreve seja limitado nesta bela área do conhecimento) e indica uma leitura mais a fundo sobre este assunto.
Está na moda os vídeos instantâneos da violência urbana. Porém o lado cruel “revelado” hoje, já é vivenciado desde os bárbaros, e ela, a barbárie nunca saiu de nós, somente agora, traz consigo a sensação de estar “mais viva”, mero efeito das lentes da tecnologia. Todo tipo de poder subjuga alguém, todo tipo de comando exclui o direito a liberdade do outro – peço-lhes a licença, para avaliar assim -, pois se o comando de sí, serve para o benefício somente de sí, e NÂO também o do “vizinho”, nosso dito controle e/ou “comando” de nós mesmos, é no mínimo falho. Fugindo da ordem natural de um bem coletivo. Salvo qualquer generalização! Nossas Periferias (digo nossas, pois a 34 anos sou parte dela), traz consigo tristes estatísticas de descontrole de caráter.
Ouvi e também -anteriormente- já fui favorável a esta conclusão, de que temos nossos motivos para agirmos violentamente em algum momento da vida. Porém ao observarmos, podemos contemplar que na solidariedade existente na pobreza, nos bons gestos entre nós, são gerados muitos bons frutos interiores  e na sequência exteriores, transformadores, que transbordam e rompem barreiras, abrindo novos horizontes para o viver bem, no coletivo! Quantos HU (Manos), tem se levantado para o benefício de grandes massas, em prol aos desfavorecidos, os desprovidos de todo e qualquer benefício mínimo dos “Comandados da Máquina Pública” e rejeitados. Enfim o seu povo! Além disso, ainda explorados para o crescimento de uma “Minoria”, esta, indiferente ao caos diário da pobreza do povo brasileiro. O “milagre da multiplicação” está ocorrendo entre nós, periféricos, pelos voluntários do anonimato, que não são mais comandados pelo “ritmo da máquina opressora”.
MUDARAM O SENTIDO! Mudaram do olhar vertical do o próprio umbigo e horizontalizaram suas vidas, arregaçando as mangas, por SÍ e pelo OUTRO! ALEGRIA! SIM... Momentos de alegria visitam diariamente nossa classe pobre, através dos anônimos do “Bem comum”, se é que assim podemos classifica-los.HU (Manos), mulheres, jovens, que longe de serem “Comandados” pelo negativismo individualista, pois deixaram as estatísticas dos que não: “Devolvem um pertence de outro achado na rua”, ou não mais, “ Planejam chegar a política para se beneficiarem” ou “aqueles que traem seus cônjuges e ainda infiéis nas amizades” e também não pensam em “Desvios, desvios e mais desvios de- grana-, para seu bel prazer” ou ainda mais, ”Embora na mais histórica pobreza, escolheram serem fiéis na administração de recursos, que não são seus, mais que passam por suas mãos diariamente sem corrompe-los”.
TOMARAM AS RÉDIAS DA VIDA. COMANDAM SUAS VIDAS! E todo ser humano sóbrio, pertencente seja ele de qual for a classe, carrega dentro de sí, que o bem comum, é a chave mestra para abrir toda e qualquer porta de desigualdade nas comunidades, propagando assim o progresso. Eiii, amigo!!! Nos fica o desafio para deixarmos de sermos “comandados” pelo negativismo individualista em nosso dia a dia, ainda que ele carregue a “força dos anos” com ele. E como efeito disso, assumirmos um “Comando” saudável de nós mesmos visando sempre o coletivo!
Periférico. Você consegue!!!
Citação: ¹ (http://habitosmilionarios.com.br)
Sérgio dos Santos – Grilo é ativista social e cultural e idealizador da revista RUAS.

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