sexta-feira, 23 de março de 2018

Taça das Favelas - Paraná

UM GOL PARA TODA A VIDA!
Organizada pela Central Única das Favelas – CUFA, a Taça das Favelas é o maior torneio de futebol de campo entre favelas do mundo! Ao todo, mais de 100 mil jovens participam da competição, que se inicia nas peneiras internas nas comunidades até a grande final. A 1ª Edição da Taça das Favelas de Curitiba e região metropolitana é uma competição de futebol de campo entre seleções compostas por moradores de comunidades, com idade entre 13 e 17 anos.  A competição visa contribuir para a promoção da inclusão social através do esporte, influenciando positivamente a realidade de crianças e jovens brasileiros. No Estado do Paraná, a Taça é realizada em Curitiba e região metropolitana  e nas regiões Norte (Londrina) e Noroeste (Loanda). Além de dar oportunidade aos jovens talentos das favelas de brilharem e irem em busca dos seus sonhos de se tornar jogador profissional, a Taça das Favelas tem como fio condutor proporcionar novas experiências socioeducacionais e culturais á estes jovens. As ampliações de parcerias entre instituições para a execução de atividades social ou esportiva durante á Taça estão abertas. Em 2018, a Taça Paraná tomou um novo rumo e disponibilizando espaço para que outras instituições façam parte dessa grande festa esportiva e não só nos bastidores, mas trazendo ações das mais diversas linguagens e todas sendo realizadas por produtores, promotores e fazedores de cultura de Curitiba.
As propostas podem ser encaminha pelo e-mail que se encontra no rodapé dessa matéria. Para informa-los a parceria com o Clube Mães Feliz vem trazendo resultado não só para o evento, mas para toda Comunidade Vitória Régia, em Curitiba. Na noite do dia 21, aconteceu a primeira reunião para explanação da Taça junto aos coordenadores (Dona Maria e Elisangela) e os técnicos da região. Na ocasião foi posta em discussão as possíveis melhorias que juntos podem trazer para os bairros envolvidos, visando a promoção da integração social e cultural dos alunos dos polos esportivos, disponibilizando o acesso á outra ações que contribuirão diretamente para formação cidadã. Acreditamos que a conscientização é essencial também fora do campo de jogo, e é dessa forma, pensando além das quatro linhas, que a CUFA oferece workshops e palestras durante a Taça. Mais do que um torneio esportivo, a Taça das Favelas é o campeonato da integração social, levando a milhares de jovens valores educacionais e de cidadania, pensando em ampliar este legado socioesportivo agregou-se á dinâmica do evento produtores esportivos, culturais e outros das mais diversas áreas se juntam para proporcionar um grande espetáculo aos espectadores.





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sábado, 17 de março de 2018

Profissão Repórter realiza oficinas de reportagens, na Cufa Paraná

Milhares de pessoas e entre elas os jovens diariamente sonham com a oportunidade de emprego, nas mais várias das áreas profissionais e não seria diferente na área de comunicação. Pensando no tamanho da oportunidade e nesses jovens que a Central Única das Favelas e a Associação de Moradores Parolin – Curitiba, em parceria com o Globo Lab – laboratório desenvolvido pela Globo que envolve metodologia de troca de ideias e cocriação, disponibilizou na tarde do dia 14 de março á sexta edição do projeto na Capital Paranaense. Pela segunda vez o “Profissão Repórter” esteve com jovens estudantes interessados em jornalismo e no setor audiovisual. O objetivo do projeto é fomentar a inovação de temáticas, linguagens, narrativas jornalísticas e orientá-los para as inscrições do Globo Lab. Na ocasião os 50 inscritos ouviram á Milana Bernartt do departamento de Desenvolvimento Institucional da Globo Universidade, as dicas de Caio Cavechini, editor-executivo do Profissão Repórter e da repórter do programa Eliane Scardovelli que além da dicas sobre jornalismo e como se escrever na sexta edição do Globo Lab, relembra reportagem marcante do programa.
A primeira edição do Globo Lab realizada em parceria com o Profissão Repórter aconteceu em 2017. Na ocasião, 20 estudantes de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife foram selecionados para a imersão na redação comandada por Caco Barcellos. O laboratório proporcionou um programa especial, que mostrou como é a vivencia e o aprendizado desses jovens em equipe do programa, durantes suas reportagens. Os futuros profissionais tiveram acesso às informações e como as matérias foram focadas em problemas recorrentes no Brasil como segurança pública, prostituição, MST, agroflorestal, entre outros. Em sua sexta edição do Globo Lab – laboratório desenvolvido pela Globo que envolve metodologia de troca de ideias e cocriação – se une pela segunda vez ao ‘Profissão Repórter’ e, no mês de março, percorre o Brasil em busca de jovens estudantes interessados em jornalismo e no setor audiovisual, com o objetivo de fomentar a inovação de temáticas, linguagens e narrativas jornalísticas.
Os participantes do Globo Lab: Profissão Repórter aprenderão sobre o universo do programa, recebendo da equipe seus conhecimentos sobre jornalismo, as características das reportagens apresentadas e a dinâmica do trabalho adotada por eles. Será proposto um desafio em duplas para a realização de reportagens e os autores das dez melhores vivenciarão uma imersão na redação do programa, em São Paulo, além de terem seus trabalhos exibidos na página do Profissão Repórter na internet. Durante os dias de imersão, os participantes acompanham de perto o dia a dia na redação, com a presença da equipe e de Caco Barcellos. A Cufa presa por intergral os adolescentes em suas ações para que os mesmo tenham oportunidade de aprendizado múltipla e assim os fortaleça frente suas escolas futuras, desta vez, 20 jovens da Guarda Mirim de Araucária foram escolhido para participarem do curso.





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quinta-feira, 15 de março de 2018

História que a vida nos conta. ... Marias!

Versos & Prosas – FAVELA | Por José Antonio Campos Jardim
Dia 08 de março é dia de comemoração, festa, reflexão, união e enfrentamento. Supostamente uma data comemorativa. ... Dia da Mulher: Incalculáveis em meio à população, podemos até compará-las às estrelas do céu, pois são muitas e cada uma contem seu próprio brilho e beleza particular. Enfim, não medimos esforços e fomos atrás da nossa estrela, Dona Maria. Na pauta tínhamos em mente relatar uma história real que contemplasse o Dia da Mulher – seria está nossa forma de agradecer as mulheres e por uma homenagear todas. Passamos então a mapear algumas histórias, algumas visitas e bate papos, lindas histórias escutamos, mas estávamos-nos sobre á direção do nosso feeling, crendo piamente que quando chegasse o momento encontraríamos. Seguimos nossa peregrinação por algumas semanas e em alguns momentos cogitamos desistirmos da pauta, pois corríamos contra o tempo. Nosso objetivo era postar o texto na madrugada do dia 7 para 8 de março. Como previsto não aconteceu, mas enfim, foi bom, conhecemos varias Marias e á Dona Maria Anália de Moraes – uma senhora simpática de sorriso acolhedor, calma e tímida; á conhecemos durante o Curso Gestão Social. Dona Maria falou pouco ao grupo presente, mas observou muito para ser mais exato falou só uma única vez quando convidada para se apresentar. Entre uma explicação e outra do professor e argumentos dos participantes, Ela ouvia atentamente nos mínimos detalhes e de imediato sussurrava no ouvido da acompanhante Elisangela, filha.
Fizemos então o convite para conhecê-la, de imediato com sorrido disse sim. Alguns dias depois estamos nós em sua casa, recepcionados com café, bolachas e lindas uvas que ela mesma cultiva no fundo do quintal. Mas, foi em Vitória, interior do Paraná, que a nossa Maria veio ao mundo, mais uma brasileira vencedora que nasceu para brilhar. De família humilde, a paranaense Maria Anália de Moraes na adolescência passou por algumas dificuldades como milhares de jovens no dias de hoje, ela teve que abrir mão dos estudos e da adolescência para ser empregada doméstica, os recursos ajudavam nas despesa da casa. Não teve os mesmos privilégios das amigas de adolescência de estudar, brincar, namorar e se engraças com as coisas belas da vida em meio à calmaria do interior. Hoje, intelectual orgânica, militante comunitária á presidente de associação sem fins lucrativo, em Curitiba. Instituição que ela mesma de inicio na varanda de sua casa, nos contou que entre uma viaje e outra em busca de informações, levou um ano para registrar sua associação (ONG). “Uma coisa tão fácil de fazer, poderia ser feita em alguns dias, mas, eu só sei ler e escrever o básico, isto dificulta muito quanto tem que mexer com papelada, mas não desanimo não, eu vou atrás” afirma.
Algumas guerreiras são forjadas no cerne das batalhas e Dona Maria é uma dessas, aos 11 anos de idade, ela e aos outros 14 irmãos aprenderam á conviver diariamente com as dificuldades financeiras e a vida difícil do interior. E no inicio da sua adolescência, etapa intermediária do desenvolvimento humano, entre a infância e a fase adulta, Dona Maria foi repentinamente induzida ao amadurecimento ao ser entregue pelo pai ao serviço doméstico: “Nessa época, quando fui deixada pelo meu pai nessa casa de família para trabalha, longe de casa eu só chorava dia e noite de medo de nunca mais voltar para casa ver meus irmãos e meus pais”. E, assim era e é em alguns casos ainda hoje, tidos como parte da propriedade, as Marias não decidiam sobre ás suas vidas e corpos, os salários ganhos. Anos atrás elas não poderiam sequer se matricular em instituições de ensino, os homens é quem decidiam por elas, os pais, irmãos mais velhos e depois o esposo. Sobre uma hierarquia exacerbada doentia á sociedade masculina reconheciam atos truculentos como um dos valores fundamentais da masculinidade, um homem sem rebanho dominante é um ser sem hombridade, e, em geral, era visto como um “castrado social”. Antonio, o irmão mais velho compadecido de que sua irmã estava sendo escravizada e não merecia tal atrocidade, após dozes meses resolveu buscá-la não creditava que ele veio me buscar, o trabalho era pesado, fui muito humilhada e quando o vi, o Antonio, meu irmão, chorou muito, mas desta vez foi de alegria, pois sabia que voltaria para casa”.
Em meio ao misto de alegria e responsabilidade de contribuir financeiramente em seu lar, Dona Maria vivenciava a chance de voltar ao lar que tanto sonhou nas noites frias, no quarto dos fundos da casa da patroa. Infelizmente aos 13 anos, novamente forçada ao trabalho em casa de família para ajudar no sustento familiar, Ela, permanecendo por 18 anos. Cansadas de ser submetida ao trabalho pesado e horas humilhada, resolveu fugiu de casa para se casar. Convencida que dias melhores estavam por vir, pois, a vida em seu lar não fora nada fácil, pai extremamente rígido e autoritário, resolveu fugir com amor de sua vida, imaginando uma vida melhor, doce engano, algumas anos se passaram, marido alcoólatra e não demorou muito para começar com agressões físicas e verbais, foram se tornando cada vez mais frequentes e intensas, de igual forma á bebedeira. Mas, agora não mais na condição de filha e sim de mãe, á história se repetia e era inaceitável uma mulher independente dos argumentos, abandonar o casamento. ... Continuei a trabalhar de doméstica, nas plantações, em empresas de produção sempre para ajudar nas despesas da minha casa; afirma. E assim se passaram 18 anos deste casamento, convencida que as agressões do marido á qualquer momento poderia ceifar sua vida, antes de terminar de criar seus filhos, decidiu separa-se e tentar a vida na cidade grande.
Em Curitiba, tratou de arrumar trabalho para criar os filhos e voltou á estudar. Passou a dedicar parte do seu tempo á outras mulheres, na horta comunitária e por 9 anos ouviu histórias. Em 2017, decidiu criar em sua própria casa o Clube das Mães Felizes na Vila Vitória Régia, um espaço que vá além das atividades oferecida de macramê, mas um local de escuta, disponível as mulheres para compartilharem suas alegrias e tristezas. Hoje, Dona Maria não mais está sob o domínio do outro, não é mais objeto de troca financeira, destinada à procriação e ao lar e sim, Presidente do Clube de Mães Felizes e o seu sonho é ver uma comunidade mais unida e melhor para os jovens, crianças e adultos, afastando-os das drogas e criminalidade através de incentivos ao primeiro emprego a atividades culturais e esporte e lazer. É necessário falamos todos os dias e não só nas datas comemorativas sobre as barreiras (simbólicas e reais), as mulheres não são objetos e não estão conosco neste mundo para fazer as nossas necessidades. Não podemos admitir que as Marias, sejam proibidas de sonhar e subdividir sua própria vida entre o presente, passada e futuro.
Obs: 
As informações foram obtidas por meio de entrevista diretamente com a Dona Maria e contribuições de sua filha Elisangela.
Deixe seu comentário e para sugestão de pauta nos envie e-mail:
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terça-feira, 13 de março de 2018

CUFA realiza grande encontro nacional em Colíder-MT

CUFA realizou grande encontro Nacional em Colíder-MT, em comemoração dos seus 20 anos. Desta vez aconteceu mais uma vez e desta vez a Cidade de Colíder no Mato Grosso foi palco de mais uma aconteceu á transição de presidência da Central Única das Favelas – Brasil, com a presença de autoridades representativas da CUFA dos Estados, do Brasil e do Mundo. O dia 10 de Março entrou para história da cidade, o município se estende por 3 093,6 km2 e contava com 30 864 habitantes no último censo, mas tem um das maiores em volume de ações entre as bases da Cufa á nível de interior. O evento aconteceu na Casa da Amizade no final da tarde de sábado. Em sua fala na transmissão de posse, Francislei (MG) destacou que Anderson é um jovem de 31 anos, mas não a duvidas que o jovem Anderson, está preparando para comandar uma das maiores instituição do mundo e dar seguimento aos projetos a nível nacional, visando o crescimento da CUFA. Zanovello, emocionado e envoltos aos seus familiares resaltou os ensinamento de sua mãe (falecida) e que ela naquele momento se alegrava junto á todos, destacou que realizou seu sonho, agradeceu os amigos, parceiros e lideranças que de alguma forma lhe ajudaram ao longo dessa caminhada, e está preparado para continuar as ações da CUFA no Brasil. 
Para Preto Zezé, presidente Global da CUFA em New York, essa transferência de poder, simboliza, força, poder e crescimento. Sobre o aval de todas as bases espalhadas no mundo a Estado do Mato Grosso, Colíder passa agora ser o ninho do Anú, pássaro que representa a CUFA, e que já viajou o Brasil, passando de presidente para presidente, com isso o foco nacional se volta para Mato Grosso. Presente esteve Celso Athayde é um produtor de eventos e ativista social brasileiro, especializado em favelas e periferias, fundador da Favela Holding e da Central Única das Favelas e outras lideranças. Nos últimos 20 anos, a CUFA promoveu diversos eventos de impacto social no Brasil e no mundo. Hoje a instituição está presente em 412 cidades e 17 países. Dentre as principais ações realizadas pela CUFA estão o Hutuz Rap Festival, maior evento de hip hop da América Latina, a Taça das Favelas, maior torneio de futebol entre favelas do mundo, a Liga Internacional de Basquete de Rua (LIIBRA), o Festival de Lutas da CUFA, evento de MMA exclusivo para moradores de favelas, o Top CUFA, concurso de modelo para jovens moradoras de favelas, a Maratona Nacional do Empreendedorismo, projeto de capacitação para empreendedores de favelas aprenderem a usar as redes sociais em prol dos seus negócios, em parceria com o Facebook, entre outros.



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segunda-feira, 12 de março de 2018

Projeto Mulheres de Luta: Dia da Mulher

No dia 8 de março, a Central Única das Favelas, em Loanda, mais uma vez prestou suas contribuições levantando a bandeira por meio do Projeto Mulheres de Luta, em comemoração á data em questão – e no enfrentamento continuo contra as diversas violências cometidas as mulheres. Lutamos lado á lado na propagação e ocupação de espaços, criando nova realidade social entre elas, estabelecendo um diálogo constate com as ações no campo da educação, cultura, esporte, geração de emprego e renda, mobilização política, caminhando sempre para alcançar a prática da cidadania e preservação dos direitos humanos. Mas, como a CUFA não é uma formula pronta e fechada, mas sim um movimento em constante evolução social, a discussão e ações prioriza o Contexto e os Direitos das Mulheres, daí o incentivo às mulheres serem protagonistas e principais gestoras, equilibrando as desigualdades construídas ao longo de todos esses anos, entre homens e mulheres. Levando as discussões em relação a dupla jornada de trabalho, profissional e familiar, conviver com as piadas sobre a fragilidade e especificidades femininas, gerar vida e ser “Chefe ” da família não é simples, agora inserindo nessas realidades o fator de ser negra , “pobre”, “periférica” ou “favelada” no mínimo duplica as dificuldades do cotidiano.
Afinal, a participação das mulheres em quaisquer que seja, contribui diretamente para a construção da democracia e da cidadania uma vez que constituímos mais da metade da população brasileira, além de que o suor feminino estar agregado em várias lutas sociais brasileiras e as reduzir nas representações políticas de poder institucional, nos empobrece, a democracia e a cidadania. As nossas ações, projetos e políticas da Cufa Paraná, orientam-se através do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres Brasileiras, estabelecendo-se através de conferências da Secretaria Especial de Políticas paras as Mulheres do Governo Federal e também estabelecidas diretamente através das vivências diárias das mulheres nas comunidades. Os principais eixos estratégicos são: Autonomia, igualdade no mundo do trabalho e cidadania; Educação inclusiva e não sexista; Saúde das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos; Moda, Beleza e Comportamento como atitudes de valorização e melhora da auto-estima e Enfrentamento à violência contra as mulheres.
Para colabora com as ações da Central Única das Favelas, que estão se vascularizando e consolidando em vários Estados, dessa forma, criando uma rede sólida de proposição e execução de políticas para as mulheres em nossas ações, o Maria Maria, que é disponibilizada á todas as redes que desenvolvem ações não só em comemoração ao dia da Mulher como no decorrer do anos. Desta forma, em parceria com o CRAS, CREAS, Secretória de Assistência Social, Espore e Cultura e outros, em Loanda, promovemos pelo segundo ano consecutivo o encontro com as mulheres, na ocasião, puderam ter diversas palestra na área da  saúde, corte de cabelo, maquiagem e por fim confraternização. O ato reuniu diversas entidades que também contribuíram de alguma forma na ação, no caso da Central Única das Favelas do Paraná, por meio do Presidente Estadual do Paraná e psicólogo José Antonio Campos Jardim – Zé da Cufa; as mulheres puderam participar de forma gratuita da palestra "Empreendedorismo Social" que na situação também chamou atenção ao problema da violência contra a mulher, discutimos o outro lado da moeda, fazendo e imprimindo o discurso de ampliação no mercado econômico e na participação política e espaços de decisões.



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terça-feira, 6 de março de 2018

Você é socialista, comunista ou de esquerda?

VERSOS & PROSAS –  FAVELA | Por: José Antonio Campos Jardim
Eu não sou nem um nem outro! Hoje, entende que as ideologias partidárias que estão para os indivíduos, ou seja, para sociedade não me representam. Mas este papo rolou em uma rede social quando fui questionado por cristão/pastor e o momento atual da política – expliquei que sou cristão e antes um cidadão brasileiro que se incomoda com alguns desajustes proporcionado pelas classes partidárias. Contudo, sem paciência para responder perguntas “idiotas”; infundadas em sua maioria por leituras superficiais de internet ou por questão de ódio. ... mas, deixo aos emocionados uma dica: A vida real não é um big brother Brasil. E, antes que o maluco desse sua rajada de argumentos óbvios, fui logo e atropelei. Às suas críticas é por eu ser cristão? Mas ante de qualquer argumento e relação obvias, eu solidário a causas dos meus pares - luto em favor dos empobrecidos desse país. E, fique sabendo que antes desses caras propor suas ideologias malucas a sociedade com fins de igualitárias aos pobres e oprimidos pelo sistema, outro cara solidarizou-se com estas pessoas e deu papo reto aos ricos e religiosos em sua época, acolheu e alimentos os pobres, leprosos, ladrões, coletor de impostos, políticos, conviveu com a escória da sociedade. Abraçou as pessoas que as nossas igrejas não que pôr para dentro do sagrado. Este cara é Jesus. Ele desafiou a desordem política na época, Pilatos; acolheu os pobres, desbancou o proselitismo que proliferava e foi no chicote que deu o recado aos religiosos. 
Mas, também pagou um algo preso por ser em favor dessas pessoas marginalizas e excluídas – coisa que poucos cristãos e políticos fazem nos dias de hoje. ... Jesus foi preso por se opor, torturado e assassinado como herege, desviado dá fé pregada em seu tempo, imoral por conviver com prostitutas e ladrões, tido como aquele que propagava o escândalo, desviado. Esse é o Jesus que a maioria das igrejas escondem – e nos dias atuais quem se opõem aos modelos hierárquicos vigentes é herege, esquerdista, socialista ou comunista. Contudo, o cristianismo que creio é esse pregado por Jesus, as Boas Novas. Foi Ele só amor, subversivo e revolucionário. Acolheu e amou a todos, porém, em meio a segregação buscou fazer justiça social em favor dos pobres. ... observe que a história se repetindo desde que aqui chegaram os colonizadores caucasianos – elegendo suas castas superiores de geração em geração e nos dias atuais continuam a ditar suas regras. Enfim, continua-se á segregar e marginalizar, criam seus modelos políticos dominantes; não tão diferenciado de outros séculos, mas "idênticos" no qual querem direcionar a vida das pessoas. ... 
- Já leu sobre isto?
Resposta: Sim, sim - Jesus é amor.
Não podemos interpretar sua Bíblia só para o que nos convém. ... E, Jesus não era socialista e muito menos de esquerda por se unir a outros em favor das pessoas marginalizadas e excluídas, ou seja, por não ser favorável ao sistema. Talvez não seja erro seu de não estar ciente do acontecido, pois, como milhares de comunidade no Brasil “os líderes não têm tempo para aprenderem ou ensinar sobre a história cristã e seus precursores” – e entendo, pois, estão ocupados com as arrecadações para suprir devaneio utópico ter ou ser o maior templo da cidade. Mas, não precisa ser um historiador, teólogo, sociólogo, pastor ou sela lá o que para obter o conhecimento, basta só dar uma simples vasculhada nos textos e de pronto vai encontrar os primeiros cristãos há viver essa realidade em favor dos pares –, no livro de Atos. Digo de passagem que até é legitimo refazer uma releitura aplicada para crescimento saudável dá igreja por meio de livro de Atos. Não precisa ir longe é só olhar para vida de Estêvão, que cuidava das viúvas. ... Este camarada, primeiros mártires da igreja – sabe o que aconteceu com ele?
- Claro que não! O que aconteceu?
Ele foi apedrejado até a morte, arrebentaram na pedrada.
E, vocês acham que esse maluco e outros eram socialistas ou de esquerda?
Resposta: Não, não; como falei Jesus é amor. Nesta época não tinha isto.
Hoje, sob interpretações infundadas as pessoas passam parte dos seus tempos na internet e até mais que nas suas igrejas. Na net proliferam suas fofocas sobre a vida alheia e quando não estão assistindo pornografia (cada um cada um neste caso), mas não rola hipocrisia – os santos e separados para algo. ... erram e pecam por não buscarem conhecimento e quando sim, o conhecimento adquirido é superficial baseado em senso comum na net. ... Admitindo a ignorância. ... E, não é um erro em particular, mas, é coletivo, pois, a igreja (pastores/lideres) pregam que somos cidadãos de outro mundo (ETs). ...prometem os prazeres de uma nova terra. Lembro-me de um parça que vivia pedindo uma casa no céu de frente com a casa de Deus, alegava que as ruas da casa do seu deus eram de ouro. ... e ele merecia morar em uma rua pavimentada por ouro e diamante. Este o nirvana da mentalidade exacerbada capitalista gospel. ...Usam dá bíblia para o que lhes convém, ou seja, justificar as atrocidades, argumentando que são cidadãos de passagem neste mundo e que o mundo é do maligno e por ser cristão merecem os céus e as riquezas do mundo. ...
Observa-se que os liderem em sua maioria não propõem reflexão bíblica saudáveis aos liderados mediante sua realidade política, social, cultural, ideológica, eclesiológica e outras. É só analisamos pela questão das mulheres em situação violência – 40% dessas mulheres que sofrem violência doméstica são evangélicas. E neste caso os líderes em sua maioria ao se deparar com os assessores os adsorvem por meio das orações e culpa o diabo. Tudo acaba em oração. ... ou melhor em pizza. Mas, enfim, não sou de esquerda e nem sou socialista para sua tristeza. E até mais ver, mas, fique ligado para não continuar refém desse Big Brother Brasil, usando o amor só para o que lhe convém. ... E o que tenho a lhe dizer sobre o amor é segundo Paulo: O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.

Simples assim. ...
José Antonio é Presidente Estadual da Central Única das Favelas do Paraná, ativista social, empreendedor social, pastor IPB, formado em Teologia e Psicologia.

Começa os preparativos para Taça das favelas Norte do Paraná


O maior torneio de futebol entre favelas do mundo chega ao Paraná, em sua primeira edição em favelas paranaenses a Taça das Favelas. Com da pré-agenda para iniciar em abril na capital, Curitiba e região metropolitana. De igual forma em Cambé e região metropolitana. Até o momento o evento já conta com 13 cidades ao todo interessadas.  O torneio acontece no da Vila Vitória, no dia 4 de abril, com as peneira da região Sul. No dia 14 de Abri e a vez de Colombo. Entre eliminatórias e peneiras, aproximadamente 6 mil jovens moradores de favelas em busca do sonho terão á chances de se tornarem jogadores de futebol. Agora, nesta fase final, são mais de dois quintos garotos espalhados pelo Estado nas 30 seleções masculinas (com idade entre 14 e 17 anos) e 10 femininos (com idade livre), de todo o estado do Paraná.
Na última quinta feira os membros da Cufa em Cambé e Londrina: José Roberto (Mestre Kim), Roberval Black, Marcos Silveira, Italo e Roberto- coordenador da Liga; ambos estiveram em reunião na Secretaria de Esporte de Cambé na companhia do Vereador Paulo Soares. Na ocasião apresentou-se o Projeto da Taça das Favelas e sua contribuição como um dos maiores legados sociais dentro do entretimento e do esporte entre favelas do mundo, atraindo e despertando a atenção de milhares de jovens moradores destes territórios para uma competição, que tem como primeiro objetivo a integração social, afirma Roberval Black, coordenador de esportes da CUFA na região. Observa-se que as condições sociais, raciais e de classe revelam-se enquanto barreiras para tal possibilidade, marginalizando e principalmente perpetuando a impossibilidade de acesso e consequentemente a pobreza em diferentes regiões de todo o país e também no interior do Paraná. Acreditamos que ações dessa magnitude é que dar significados de reversão aos processos segregacionista – comenta Zé da Cufa (Presidente Estadual). 


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