quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Iº Fórum Paranaense das Favelas

Abrimos um novo marco na história das favelas paranaense através do Iº Fórum Paranaense das Favelas. Em consenso com organizações e sociedade, nos reuniram nas dependências do Colégio Estadual Guilherme A. Maranhão, no dia 18 Novembro de 2017, em Curitiba. Juntos, refletimos com autoridades – a favela que sonhamos e almejamos á todos. E, durante ás 6 horas de encontro disponibilizamos aos presentes uma agenda positiva de esportes, cultura e lazer. Aproximadamente 700 fizeram uso dos atendimentos jurídicos, psicológico e outro. Chancelado pela Central Única das Favelas do Paraná o encontro é uma iniciativa coletiva que almeja propagar reflexões envolvendo diretamente as favelas. Nesta edição –– estimulou-se á ampliação das discussões por meio das redes coletivas que desenvolvem trabalhos em espaços populares e teve por objetivos: a – Elaborar conceitos, produzir informações que desvirtuam as visões estereotipadas e homogeneizantes sobre as favelas e espaços populares; b – Contribuir para a construção e legitimação de políticas públicas para os espaços populares e favelas; c –  produzir um diagnóstico sobre as favelas paranaenses e, ao mesmo tempo, avaliar políticas públicas destinadas e d fomentar educação, geração de trabalho e renda, combate ao racismo e valorizar a vida, em favelas e espaços populares.
Entre um mar de interesses, discussões e objetivos, ambas proposições seguiram para 2018; E, em consenso coletivo credenciou-se o Coletiva Labuta (18/10/2017) que além de simbolizar nossa resistência, luta e trabalho, seguirá fomentado as discussões e ações propostas junto ao coletivo e parceiros. O Selo Labuta é uma identidade visual plural que nos representará nas redes interinstitucionais e socioculturais, fomentando novas formas de negócios sociais – criando em comemoração ao dia da favela – 07/10; ampliando não só os nossos anseios, mas, diretamente fortalece os nossos pares. Pois, os brasileiros que vivem em favelas gastam aproximadamente R$ 68,6 bilhões por ano, o que dá um gasto aproximado de R$ 5,5 mil per capita ao ano. O Paraná abriga 308 áreas de moradias caracterizadas como favelas ou áreas de invasão, distribuídas principalmente por 13 municípios do Estado. A maioria, 72,40% destes aglomerados urbanos fica em Curitiba. São 223 comunidades onde residem 162.679 pessoas. Ao todo, 217.223 paranaenses residem nesses territórios, “aglomerados subnormais”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE - 2013. 
E, por que não discutimos? Assim, a primeira edição preocupou-se em planejar meios que contribuem na garantia do direito coletivo à liberdade de expressão, por meio da promoção do direito à reflexão, compreendendo á importância para a superação nas favelas e espaços populares e para isto  o Presidente Estadual da Cufa José Antonio – Zé da Cufa, expôs as possíveis contribuições á partir das políticas públicas para se superar as mazelas sociais e da força da favela na revindicação, redistribuição de renda e participação popular nos lucros; Dona Diva Guimarães, a professora de 78 anos que roubou os holofotes na Flip 2017; na ocasião destacou a importância de ações populares na vida dos jovens segregados. Entrelaçando aos discursos o Promotor de Justiça Régis Rogério Vicente Sartori – explanou á atuação da Promotoria Comunitária e as possíveis parcerias existentes; Advogado Ms. Renato de Almeida Junior – de forma clara explanou sobre o cotidiano dos jovens negros e Michael Devis – através da arte do graffiti proporcionou aos participantes emocionar-se com sua história e trabalhos internacional.

Em resumo, cumprimos nosso papel como agentes de transformação coletiva ao iniciar o Iº Fórum Paranaense das Favelas – com foco na discussão das favelas. Enfim, um país em que sua gênese é miscigenada a diversidade ainda temos que lutar diariamente contra todas as formas de pré-conceito que se estabelece, pois, muitos cidadãos ainda não entendem o que é Brasil – favela, por estes motivos nos reunimos com entidades e organizações, ativistas culturais e sociais, professores, juristas, jornalistas, políticos, intelectuais orgânico ou não e interessados na pauta da favela. 
Visando FORTALECIMENTO DA FAVELA QUE QUEREMOS.
Presidente Estadual Cufa Paraná.
José Antonio Campos Jardim 
Vamos todos juntos e misturados!

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