Abrimos um novo marco
na história das favelas paranaense através do Iº Fórum Paranaense
das Favelas. Em consenso com organizações e sociedade, nos reuniram nas
dependências do Colégio Estadual Guilherme A. Maranhão, no
dia 18 Novembro de 2017, em Curitiba. Juntos, refletimos com autoridades –
a favela que sonhamos e almejamos á todos. E, durante ás 6 horas de encontro disponibilizamos aos presentes
uma agenda positiva de esportes, cultura e lazer. Aproximadamente 700 fizeram uso dos
atendimentos jurídicos, psicológico e outro. Chancelado pela Central Única
das Favelas do Paraná o encontro é uma iniciativa coletiva que almeja
propagar reflexões envolvendo diretamente as favelas. Nesta
edição –– estimulou-se á ampliação das discussões por meio das
redes coletivas que desenvolvem trabalhos em espaços populares e teve por objetivos: a – Elaborar
conceitos, produzir informações que desvirtuam as visões estereotipadas e
homogeneizantes sobre as favelas e espaços populares; b – Contribuir
para a construção e legitimação de políticas públicas para os espaços populares
e favelas; c – produzir um diagnóstico sobre
as favelas paranaenses e, ao mesmo tempo, avaliar políticas públicas destinadas
e d – fomentar educação, geração de trabalho e renda,
combate ao racismo e valorizar a vida, em favelas e espaços populares.
Entre um mar de
interesses, discussões e objetivos, ambas proposições seguiram para 2018; E, em consenso coletivo credenciou-se o Coletiva
Labuta (18/10/2017) que além de simbolizar nossa resistência, luta e trabalho, seguirá fomentado as discussões e ações propostas junto ao coletivo e parceiros. O Selo Labuta é uma identidade visual
plural que nos representará nas redes interinstitucionais e
socioculturais, fomentando novas formas de negócios sociais – criando em comemoração ao dia da favela
– 07/10; ampliando não só os nossos anseios, mas, diretamente fortalece os nossos pares. Pois, os brasileiros
que vivem em favelas gastam aproximadamente R$ 68,6 bilhões por ano, o que dá
um gasto aproximado de R$ 5,5 mil per capita ao ano. O Paraná abriga 308 áreas
de moradias caracterizadas como favelas ou áreas de invasão, distribuídas
principalmente por 13 municípios do Estado. A maioria, 72,40% destes
aglomerados urbanos fica em Curitiba. São 223 comunidades onde residem 162.679
pessoas. Ao todo, 217.223 paranaenses residem nesses territórios, “aglomerados
subnormais”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE - 2013.
E, por que não discutimos? Assim,
a primeira edição preocupou-se em planejar meios que contribuem na garantia do
direito coletivo à liberdade de expressão, por meio da promoção do direito à
reflexão, compreendendo á importância para a superação nas favelas e espaços
populares e para isto o Presidente Estadual da Cufa José Antonio –
Zé da Cufa, expôs as possíveis contribuições á partir das políticas públicas
para se superar as mazelas sociais e da força da favela na revindicação,
redistribuição de renda e participação popular nos lucros; Dona Diva
Guimarães, a professora de 78 anos que roubou os holofotes na Flip 2017; na
ocasião destacou a importância de ações populares na vida dos jovens
segregados. Entrelaçando aos discursos o Promotor de Justiça Régis Rogério
Vicente Sartori – explanou á atuação da Promotoria Comunitária e as possíveis
parcerias existentes; Advogado Ms. Renato de Almeida Junior – de forma clara
explanou sobre o cotidiano dos jovens negros e Michael Devis – através da arte
do graffiti proporcionou aos participantes emocionar-se com sua história e
trabalhos internacional.
Em resumo, cumprimos
nosso papel como agentes de transformação coletiva ao iniciar o Iº Fórum
Paranaense das Favelas – com foco na discussão das favelas. Enfim, um
país em que sua gênese é miscigenada a diversidade ainda temos que lutar
diariamente contra todas as formas de pré-conceito que se estabelece,
pois, muitos cidadãos ainda não entendem o que é Brasil – favela, por estes
motivos nos reunimos com entidades e organizações, ativistas culturais e
sociais, professores, juristas, jornalistas, políticos, intelectuais orgânico
ou não e interessados na pauta da favela.
Visando FORTALECIMENTO
DA FAVELA QUE QUEREMOS.
Presidente
Estadual Cufa Paraná.
José Antonio
Campos Jardim
Vamos todos
juntos e misturados!
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