VERSOS & PROSAS – FAVELA | Por: José Antonio Campos Jardim
– perdi mais uma parte do gozo, em militar em favor de ideologia partidária, pois, pelos meus princípios cristãos (ético), não tenho o que comemorar na queda, a exemplo: Ao perde o lado contrario o lado vencer tende a esculhambar. De igual forma, não vejo e não tenho motivos para comemorar á condenação do ex-presidente Lula. Não tenho motivos de me alegrar com condenações e, neste caso não tenho dinheiro sobrado para pagar quatro reais no litro de gasolina para sair às ruas em passeata -, comemorando, não tenho dinheiro para queimar treze minutos de fogos como anunciou um ricaço nas redes sócias. Não tenho dinheiro sobrando para ir até o camelódromo comprar uma camiseta pirata da seleção, me fantasiar de verde e amarelo, desfilar na avenida reafirmando minha indignação ao cenário político. Não tenho motivos, tempo, dinheiro para sair em defesa de ideologia partidária, egoísta. Tenho o direto de se simpatizar à esquerda, á direita ou ser de centro - neoliberal, ou seja, seguir qualquer porcaria dessa. Oque não posso é me titubear e achar que quaisquer que seja á ideologia partidária está acima dos meus princípios cristãos, da democracia e da humanização do meu ser.
– perdi mais uma parte do gozo, em militar em favor de ideologia partidária, pois, pelos meus princípios cristãos (ético), não tenho o que comemorar na queda, a exemplo: Ao perde o lado contrario o lado vencer tende a esculhambar. De igual forma, não vejo e não tenho motivos para comemorar á condenação do ex-presidente Lula. Não tenho motivos de me alegrar com condenações e, neste caso não tenho dinheiro sobrado para pagar quatro reais no litro de gasolina para sair às ruas em passeata -, comemorando, não tenho dinheiro para queimar treze minutos de fogos como anunciou um ricaço nas redes sócias. Não tenho dinheiro sobrando para ir até o camelódromo comprar uma camiseta pirata da seleção, me fantasiar de verde e amarelo, desfilar na avenida reafirmando minha indignação ao cenário político. Não tenho motivos, tempo, dinheiro para sair em defesa de ideologia partidária, egoísta. Tenho o direto de se simpatizar à esquerda, á direita ou ser de centro - neoliberal, ou seja, seguir qualquer porcaria dessa. Oque não posso é me titubear e achar que quaisquer que seja á ideologia partidária está acima dos meus princípios cristãos, da democracia e da humanização do meu ser.
Enfim,
o marketing eleitoreiro em pré-eleição não se sustenta pela vias dá ética. Por isto não posso e
não vou ser mais um emocionado na multidão á propagar o ódio achando que está
tudo certo com o Brasil ao condenar um só. Eh no mínimo ingenuidade fazer
desse circo de horrores um pré-ensaio de carnaval de rua, antecipado, pois, os 3
x 0 não mudará os tentáculos da corrupção partidária. Desta forma, nas ruas á
muitos carnavalesco ludibriados com utopias do novo país e em circunstância alguma minhas
convicções me induzem á concordar com os roubos, desgoverno e o retrocesso
governamental. Pois, os resultados dessa roubalheira são imensuráveis aos
cofres públicos e os danos maiores ainda, principalmente aos pobres. Mas, venhamos á
concordar que toda desgraça não se iniciou por um só partido político ou
através de uma só pessoa e, sim, por meio de ambas as facções partidárias que
ocupam os governos, em sua maioria pessoas caucasiana patriarcal que há anos
seguem à frente da política brasileira, travestidos de bons senhores (as).
Muitos
deles defendidos e ovacionados nos próprios púlpitos e nos bastidores das
nossas igrejas brasileiras e em outras instituições. Todos, farinha do mesmo
saco. As minhas convicções ideológica é supraterrena e por isto, posso chegar
junto. ... minha consciência é livre como um pássaro e o meu ego (animal) é
correspondido e satisfeito, não busco satisfazê-lo politicamente mediante o
sofrer em disputas ou na desgraça alheia. Mas, confesso que nos últimos anos
pude ler as páginas sujas desse livro tenebroso e nelas encontramos um o
capítulo exclusivo dos nossos “irmãos cristãos” – triste fico, pois, esperava o
novo homem, provendo justiça – refletindo e sábio no falar e agir – me esmoreci
ao deparar-me com a velha criatura, cruel e corrupta – tecendo em linhas
tortuosas os mesmos erros. E quando não, sendo parte das roubalheiras e omissos
aos seus princípios cristãos, porém fieis aos princípios do poder. Neste jogo
os titulares, reservas e os amadores lutam entre si e, com os “adversários”, com
fins de manutenção do poder – votam em nome de Deus, da família, dos filhos e
do Brasil, uns dizem amém e outros glória, mas glória á quem e para qual deus?
Por
isto não vejo móvito de tanta alegria infunda no ódio por parte dos nossos, ou
seja, contemplando á queda, a desgraça de mais um ser humano que por motivos
diversos “desvirtuou-se” do seu ideal partidário e do compromisso afirmado
perante á nação, quando viera exercer tal cargo – "assim posto em discussões e processos judiciais". E, se
almejamos tanto as mudanças, temos que inicia-la em nossa casa. Os nossos
“irmãos abençoados” para não dizer outra coisa – não estão fora do páreo ao formar
a segunda maior bancada entre os deputados federais – e o que fazem? E o que
nós temos feito para cobrá-los dos seus deveres? Acredito que muitas coisas
eram para ser diferente em nosso país com este bando de “abençoados” em prol do
Brasil – pois, pregam ser indivíduos diferenciadas dos demais, “ungidos para
algo”. Mas, algo está é errada quando os observo.
Entre
todos os meus erros e acertos, tenho comigo que aprendo diariamente com eles
(pecado) e a maior lição que tiro é que jamais devemos seguir a multidão atirar
pedras, pois, quem nunca errou que atire a primeira pedra – gosto muito dessa
passagem e ainda mais quando vejo cristão fazendo juízo de valor em relação
outro, ou seja, em linhas gerais o nosso lugar não é de acusadores, estamos nós
de igual forma neste plano terrestre e sentados no banco dos réus. Existe
justiça quando a própria lei se vê no direito de atirar a primeira pedra? Não
vejo glória em aplaudir a desgraça do outro. Não somos chamados ao sacerdócio
de juízes – mas, de bons Samaritanos. E, em meio as nossas imperfeições, somos
convidados á seguir estendendo as mãos e conduzindo a palmatória. Enfim, somos
parte daqueles que contribui com a melhora do outro e desse mundo, não
multiplicadores das desgraças. ... Mas, mediante o livre-arbítrio cada um é
sabe o quer comemorar, porém, como já dito: nossa missão é outra. Sei eu que
constantemente busco eliminar o meu lado animal para não me depara em meio à
multidão emocionado comemorado o aprisionamento de mais um ser humano ou o
espancamento de mais um estuprador, aplaudindo de pé a morte de mais um menor
infrator ou ser cúmplice expiatória ao me deparar com mais jovem, pobre e
negro, sendo amarado ao poste e não me indignar, assim fazer juízo de valor por
não ser este um indivíduo branco, rico ou o político.
José
Antonio campos Jardim | Psicólogo, Teólogo, ativista social e produtor
cultural, empreendedor social, palestrante, Presidente Estadual da CUFA Paraná
e Colunista no Versos/Prosas e Favela. Email: josef_lu@hotmail.com
Versos/Prosas e Favela | Enviar seu texto: contato.cufaparana@gmail.com