terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Eu acho. ... e você não precisa concordar, mas respeitar.

VERSOS & PROSAS –  FAVELA | Por: José Antonio Campos Jardim
– perdi mais uma parte do gozo, em militar em favor de ideologia partidária, pois, pelos meus princípios cristãos (ético), não tenho o que comemorar na queda, a exemplo: Ao perde o lado contrario o lado vencer tende a esculhambar. De igual forma, não vejo e não tenho motivos para comemorar á condenação do ex-presidente Lula. Não tenho motivos de me alegrar com condenações e, neste caso não tenho dinheiro sobrado para pagar quatro reais no litro de gasolina para sair às ruas em passeata -, comemorando, não tenho dinheiro para queimar treze minutos de fogos como anunciou um ricaço nas redes sócias. Não tenho dinheiro sobrando para ir até o camelódromo comprar uma camiseta pirata da seleção, me fantasiar de verde e amarelo, desfilar na avenida reafirmando minha indignação ao cenário político. Não tenho motivos, tempo, dinheiro para sair em defesa de ideologia partidária, egoísta. Tenho o direto de se simpatizar à esquerda, á direita ou ser de centro - neoliberal, ou seja, seguir qualquer porcaria dessa. Oque não posso é me titubear e achar que quaisquer que seja á ideologia partidária está acima dos meus princípios cristãos, da democracia e da humanização do meu ser.
Enfim, o marketing eleitoreiro em pré-eleição não se sustenta pela vias dá ética. Por isto não posso e não vou ser mais um emocionado na multidão á propagar o ódio achando que está tudo certo com o Brasil ao condenar um só. Eh no mínimo ingenuidade fazer desse circo de horrores um pré-ensaio de carnaval de rua, antecipado, pois, os 3 x 0 não mudará os tentáculos da corrupção partidária. Desta forma, nas ruas á muitos carnavalesco ludibriados com utopias do novo país e em circunstância alguma minhas convicções me induzem á concordar com os roubos, desgoverno e o retrocesso governamental. Pois, os resultados dessa roubalheira são imensuráveis aos cofres públicos e os danos maiores ainda, principalmente aos pobres. Mas, venhamos á concordar que toda desgraça não se iniciou por um só partido político ou através de uma só pessoa e, sim, por meio de ambas as facções partidárias que ocupam os governos, em sua maioria pessoas caucasiana patriarcal que há anos seguem à frente da política brasileira, travestidos de bons senhores (as).
Muitos deles defendidos e ovacionados nos próprios púlpitos e nos bastidores das nossas igrejas brasileiras e em outras instituições. Todos, farinha do mesmo saco. As minhas convicções ideológica é supraterrena e por isto, posso chegar junto. ... minha consciência é livre como um pássaro e o meu ego (animal) é correspondido e satisfeito, não busco satisfazê-lo politicamente mediante o sofrer em disputas ou na desgraça alheia. Mas, confesso que nos últimos anos pude ler as páginas sujas desse livro tenebroso e nelas encontramos um o capítulo exclusivo dos nossos “irmãos cristãos” – triste fico, pois, esperava o novo homem, provendo justiça – refletindo e sábio no falar e agir – me esmoreci ao deparar-me com a velha criatura, cruel e corrupta – tecendo em linhas tortuosas os mesmos erros. E quando não, sendo parte das roubalheiras e omissos aos seus princípios cristãos, porém fieis aos princípios do poder. Neste jogo os titulares, reservas e os amadores lutam entre si e, com os “adversários”, com fins de manutenção do poder – votam em nome de Deus, da família, dos filhos e do Brasil, uns dizem amém e outros glória, mas glória á quem e para qual deus?
Por isto não vejo móvito de tanta alegria infunda no ódio por parte dos nossos, ou seja, contemplando á queda, a desgraça de mais um ser humano que por motivos diversos “desvirtuou-se” do seu ideal partidário e do compromisso afirmado perante á nação, quando viera exercer tal cargo – "assim posto em discussões e processos judiciais". E, se almejamos tanto as mudanças, temos que inicia-la em nossa casa. Os nossos “irmãos abençoados” para não dizer outra coisa – não estão fora do páreo ao formar a segunda maior bancada entre os deputados federais – e o que fazem? E o que nós temos feito para cobrá-los dos seus deveres? Acredito que muitas coisas eram para ser diferente em nosso país com este bando de “abençoados” em prol do Brasil – pois, pregam ser indivíduos diferenciadas dos demais, “ungidos para algo”. Mas, algo está é errada quando os observo.
Entre todos os meus erros e acertos, tenho comigo que aprendo diariamente com eles (pecado) e a maior lição que tiro é que jamais devemos seguir a multidão atirar pedras, pois, quem nunca errou que atire a primeira pedra – gosto muito dessa passagem e ainda mais quando vejo cristão fazendo juízo de valor em relação outro, ou seja, em linhas gerais o nosso lugar não é de acusadores, estamos nós de igual forma neste plano terrestre e sentados no banco dos réus. Existe justiça quando a própria lei se vê no direito de atirar a primeira pedra? Não vejo glória em aplaudir a desgraça do outro. Não somos chamados ao sacerdócio de juízes – mas, de bons Samaritanos. E, em meio as nossas imperfeições, somos convidados á seguir estendendo as mãos e conduzindo a palmatória. Enfim, somos parte daqueles que contribui com a melhora do outro e desse mundo, não multiplicadores das desgraças. ... Mas, mediante o livre-arbítrio cada um é sabe o quer comemorar, porém, como já dito: nossa missão é outra. Sei eu que constantemente busco eliminar o meu lado animal para não me depara em meio à multidão emocionado comemorado o aprisionamento de mais um ser humano ou o espancamento de mais um estuprador, aplaudindo de pé a morte de mais um menor infrator ou ser cúmplice expiatória ao me deparar com mais jovem, pobre e negro, sendo amarado ao poste e não me indignar, assim fazer juízo de valor por não ser este um indivíduo branco, rico ou o político.

José Antonio campos Jardim | Psicólogo, Teólogo, ativista social e produtor cultural, empreendedor social, palestrante, Presidente Estadual da CUFA Paraná e Colunista no Versos/Prosas e Favela. Email: josef_lu@hotmail.com
Versos/Prosas e Favela | Enviar seu texto: contato.cufaparana@gmail.com

Um comentário:

  1. Vivemos num país confuso...! Ou como dizem: - as palavras no Brasil perderam os sentidos...! Saudações ! Abrç !

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