Ao contrário do que muitas pessoas
pensam, a Capoeira é uma arte cultural e marcial, genuinamente brasileira.
Segundo a maioria dos estudiosos, ela foi desenvolvida, aqui no Brasil, pelos
negros, nasceu entre os escravizados africanos trazidos para o Brasil. Como
muitos outros elementos da cultura afro-brasileira que tivera que ser
escondidas, não obstante, a Capoeira era praticada às escondidas, em quintais,
praias e nos arredores das cidades. No Governo de Marechal Deodoro da Fonseca,
a capoeira foi introduzida no Código Penal (1890). Aos praticantes, eram lhes aplicado
severas punições, prisão e trabalho escravo forçado. Mas, nada pode deter tamanha
força cultural, nas rodas de Capoeira, às escondidas eram embaladas pelo ritmo
do berimbau, atabaque, pandeiro, agogô e réco-réco, capoeiristas criaram seus
próprios gingados, “dança” e utiliza destes para defesa e ataque, porém,
zelando pela integridade física do outro. E, como afirmava o saudoso Mestre
Pastinha (1889/1981), um dos grandes propagador da capoeira Angola: “capoeira é
para homem, menino e mulher, e só não aprende quem não quer”. Enfim, a Capoeira
só foi reconhecida em 1937, depois que Mestre Bimba a apresentou ao então
presidente Getúlio Vargas, que a declarou esporte nacional. Em 2008, a capoeira
foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. As rodas de capoeira estão espalhadas por dezenas países, e, no
Brasil, tivera origem na Bahia, a partir dos escravos africanos que preservaram
essa arte de defesa pessoal como uma "dança".
Até os dias atuais, o uso, costumes,
hábitos e valores da cultura afro-brasileira ainda não têm aceitação concisa em
sociedade, são visados de forma negativa por alguns. Desta forma, não só com
objetivo de propagar á cultura afro-brasileira que a Central Única das Favelas
cria ações e projetos, sob a lógica do protagonismo e inversão das
interpretações que está às margens da sociedade. E, desta forma, através da parceria
com á Abadá-Capoeira, uma das maiores divulgadoras da cultura brasileira, tanto
no Brasil como no exterior, realizando cursos, seminários, palestras e
projetos. Tem representações efetivas em todos os estados brasileiros e mais de
60 países, com cerca de 70 mil associados. Na pessoa do Professor Mário Kaxopa,
utiliza dá riqueza cultural que a Capoeira nos disponibiliza, dos referenciais
teóricos, meios práticos para a construção e implantação de uma metodologia de
ensino através da Capoeira na região Oeste do Paraná, nas escolas, projetos
sociais e outros. Enfim, no dia 6 de Julho, os alunos puderam fazem uma demonstração
do que aprendem nas aulas no Distrito de Luz Marina, São Pedro do Iguaçu – PR,
em parceria com a Prefeitura Municipal, Francisco Dantas de Souza Neto e a
Secretaria de Assistência Social, Marley Márcia Morch. A Capoeira é um
exercício forte, instrumento de integração social e prevenção, pois trabalha
com todas as classes e proporciona aos participantes expor suas possibilita,
também, a recuperação da noção de cidadania, reconhecida como patrimônio
cultural imaterial da humanidade.
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