Versos
& Prosas | Favela - Por Bruno Silva
A
solidão, amor e dor, o grito dos guetos ao ador! Em decorrer dos anos o grito
de dor e sangue jorrar na rua da periferia, evidência a caça as raças e ao ceifar
aos direitos humanos, e a ruptura da garantia plena da cidadania. Embora haja avanços significativos à inclusão
dos negros nas universidades, bem como uma melhor qualificação no mercado de
trabalho, é necessário romper com as barreiras do racismo e suas práticas de
exclusão e genocídio da população negra. Todavia, é importante repetir a prática
crescente do genocídio da juventude negra, onde segundo o Mapa da Violência no
Brasil, 75% dos jovens entre 15 e 29 anos que sofrem homicídios são negros. Sangue
de negros, mulatos, africanizados, o sangue africano que corre nas ruas, os
jovens que apelam a gritar pela liberdade, os homens e mulheres que embora irão
pelos açoito ataques a vida e a sua dignidade.
Como
diz na música de Clara Nunes... " Ninguém ouvi um soluçar de dor no canto
do Brasil." É esse som que soa em nosso ouvido da vítima, mas a sociedade
não reage, é a lágrima que corre, o sangue que mancha a nossa linda bandeira. O
país desumano que dizia ser dos jovens e de todos nós, hoje mostra que
privilegia alguns, a liberdade e amor aos brancos, ódio e rancor emanados
contra os negros. A vida que nos preserva e os direitos que nos leva ao
calabouço, este que todos os dias tem nos retirado a esperança, tem nos
coagido, porém, ainda mais encorajados a lutar temos, nossos pares que longe
irão, mas nós aprendemos a resistir. A esperança que buscamos para termos mais
força todos os dias e possamos um dia ter uma nação acolhedora e prospera, que
aceite as diferenças, a liberdade que queremos é onde cada um possa ser o que
quiser e desejar.
"A
luta é de todos, dos negros, da periferia acordar ao cantar do
"agora" e liberdade esta és a hora, tome a luta e ocupe a rua, que os
negros tomarão o poder para todos ser feliz, a senzala acabou, o amor chegou e
profetize!" O genocídio da juventude negra, da periferia, o fim da
liberdade e a perseguição seletiva da mídia contra nosso povo, faz com que tenhamos
menos oportunidades, porém, ainda mais sonhos, porque acreditar é manter o foco
no objetivo e nas metas. As retaliações que as mulheres negras sofrem ao ter
seu cabelo afro criticado, os horríveis insultos e provocações, o ataque que
resulta em apenas número, mas sem soluções eficazes a combater tal.
Voltando
a 6 anos atrás, por motivo de intolerância, Vilma Santos - Yá Mukumby, mulher
negra e líder religiosa do candomblé teve sua vida ceifada, e assim muitas
outras mulheres todos os dias são vítimas de surtos, opressão, violência e
imposição contra a liberdade causada por pessoas enfurecidas que não respeitam
a vida e muito menos os direitos coletivos. Finalizo a dizer que o verdade
supera o medo de ser feliz, de valorizarmos a nossa cultura, o amor humano e
quem somos, não tenhas medo, ninguém pode mudar quem você é, e nem ser você,
sorria em saber disso e muito se alegre em poder ser quem você é.
Vivo
Zumbi dos Palmares, Vilma Santos - Yá Mukumby e aos negros e as negras, heróis
e heroínas, intelectuais, artistas e cientistas que lutaram e ainda lutam
contra o Racismo no nosso Brasil.
______________________________________________________________________________
Versos & Prosas | Favela - Idealizado
por José Antonio C. Jardim / Zé da Cufa. Todavia, os textos, entrevistas, artigos,
entre outros meios de comunicação, são de autoria de colaboradores ou dos
colunistas da Coluna Versos & Prosas | Favela e, em teste não representa
ideias ou opiniões do veículo. A Coluna Versos & Prosas disponibiliza o
espaço para dar vozes os jovens, em especial aos jovens negros de favela,
garantindo assim não só a pluralidade do debate na sociedade, mas a possibilidade
de expor opiniões e produções textual.
E-mail: contato.cufaparana@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário