segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Os caminhos para a emancipação e empoderamento dos negros no Brasil


Versos & Prosas | Favela - Por Bruno Silva
A solidão, amor e dor, o grito dos guetos ao ador! Em decorrer dos anos o grito de dor e sangue jorrar na rua da periferia, evidência a caça as raças e ao ceifar aos direitos humanos, e a ruptura da garantia plena da cidadania.  Embora haja avanços significativos à inclusão dos negros nas universidades, bem como uma melhor qualificação no mercado de trabalho, é necessário romper com as barreiras do racismo e suas práticas de exclusão e genocídio da população negra. Todavia, é importante repetir a prática crescente do genocídio da juventude negra, onde segundo o Mapa da Violência no Brasil, 75% dos jovens entre 15 e 29 anos que sofrem homicídios são negros. Sangue de negros, mulatos, africanizados, o sangue africano que corre nas ruas, os jovens que apelam a gritar pela liberdade, os homens e mulheres que embora irão pelos açoito ataques a vida e a sua dignidade.
Como diz na música de Clara Nunes... " Ninguém ouvi um soluçar de dor no canto do Brasil." É esse som que soa em nosso ouvido da vítima, mas a sociedade não reage, é a lágrima que corre, o sangue que mancha a nossa linda bandeira. O país desumano que dizia ser dos jovens e de todos nós, hoje mostra que privilegia alguns, a liberdade e amor aos brancos, ódio e rancor emanados contra os negros. A vida que nos preserva e os direitos que nos leva ao calabouço, este que todos os dias tem nos retirado a esperança, tem nos coagido, porém, ainda mais encorajados a lutar temos, nossos pares que longe irão, mas nós aprendemos a resistir. A esperança que buscamos para termos mais força todos os dias e possamos um dia ter uma nação acolhedora e prospera, que aceite as diferenças, a liberdade que queremos é onde cada um possa ser o que quiser e desejar.
"A luta é de todos, dos negros, da periferia acordar ao cantar do "agora" e liberdade esta és a hora, tome a luta e ocupe a rua, que os negros tomarão o poder para todos ser feliz, a senzala acabou, o amor chegou e profetize!" O genocídio da juventude negra, da periferia, o fim da liberdade e a perseguição seletiva da mídia contra nosso povo, faz com que tenhamos menos oportunidades, porém, ainda mais sonhos, porque acreditar é manter o foco no objetivo e nas metas. As retaliações que as mulheres negras sofrem ao ter seu cabelo afro criticado, os horríveis insultos e provocações, o ataque que resulta em apenas número, mas sem soluções eficazes a combater tal.
Voltando a 6 anos atrás, por motivo de intolerância, Vilma Santos - Yá Mukumby, mulher negra e líder religiosa do candomblé teve sua vida ceifada, e assim muitas outras mulheres todos os dias são vítimas de surtos, opressão, violência e imposição contra a liberdade causada por pessoas enfurecidas que não respeitam a vida e muito menos os direitos coletivos. Finalizo a dizer que o verdade supera o medo de ser feliz, de valorizarmos a nossa cultura, o amor humano e quem somos, não tenhas medo, ninguém pode mudar quem você é, e nem ser você, sorria em saber disso e muito se alegre em poder ser quem você é.
Vivo Zumbi dos Palmares, Vilma Santos - Yá Mukumby e aos negros e as negras, heróis e heroínas, intelectuais, artistas e cientistas que lutaram e ainda lutam contra o Racismo no nosso Brasil.
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Versos & Prosas | Favela - Idealizado por José Antonio C. Jardim / Zé da Cufa. Todavia, os textos, entrevistas, artigos, entre outros meios de comunicação, são de autoria de colaboradores ou dos colunistas da Coluna Versos & Prosas | Favela e, em teste não representa ideias ou opiniões do veículo. A Coluna Versos & Prosas disponibiliza o espaço para dar vozes os jovens, em especial aos jovens negros de favela, garantindo assim não só a pluralidade do debate na sociedade, mas a possibilidade de expor opiniões e produções textual.
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