Versos & Prosas | Favela - Por Bruno Silva
Na SOMA você tem mais do que participação.
Os próprios afetados pelas
transformações constantes decididas e deferidas pelos agentes políticos, em sua
essência, dono das causas e dedicados em mudar e determinar como serão os
próximos rumos de nossa essência, os rumos do país. As últimas decisões que vem
aí a ser tomada, tem causado um efeito rolo compressor nas pessoas que são
diretamente afetadas por tal, inclusive essas acabam em sua maioria ampla
abdicando de lutar pelos seus ideais, expor sua tese de defesa ampla pela
permanência e continuidade de seus direitos que deveriam ser preservados.
Direto e direito, as reformas propostas
em geral afetam os PPP - pretos, pobres e da periferia, mas privilegia alguns
da grande classe e também o legislativo, judiciário, executivo e as forças de
segurança, enfim. Enquanto alguns tem muitos direitos, outros se exime desses,
e na prática cada vez mais distantes ficam os menos favorecidos com os
políticos sociais, que deveriam haver de forma integral de forma a reparar as
injustiças, diferenças e somar as propostas. E não só diretamente nos direitos evidentes
que sofrem tais retalhos, mas sim também nas suas essenciais de sua existência,
inclusive quando se trata sobre a religiosidade das pessoas, principalmente as
religiões de matriz africana, que são constante confrontadas, sofrem
preconceito e exclusão. Hoje após a abolição da escravidão, a Lei Áurea trouxe
um maior conforto aos negros, que durante anos foram explorados de forma
simplificar, e também privados de exercerem sua fé.
As religiões que hoje conhecemos como
candomblé, umbanda ou até mesmo a quimbanda, era considerado naquele período,
como "bruxaria" e suprimidos pela santa inquisição, por apresentarem
ameaças à igreja modelo na época, (religião cristã) e suas doutrinas. Dados do
Rio de janeiro, da comissão de combate à intolerância religiosa, aponta que 70%
dos casos de intolerância, abusos, violências e ofensas entre 2012 e 2015, são
contra praticantes e adeptos das religiões de matriz africana, aponta. Mesmo
diante do acesso maçante à mídia e mecanismo de busca, internet e todos os
meios possíveis de adquirir conhecimentos, ainda a sociedade se encontra na
inércia do retrocesso, constante e irreversível, o incentivo dos políticos para
tal tem se tornado muito mais comum, à exemplo do Rio de janeiro em 2017 e
2018, onde foi houve o maior representação de intolerância, onde muitos Ilê axé
de candomblé e terreiro de umbanda foram atacados, sofreram ataques que
afetaram diretamente a sua estrutura, deixando de existir por momento ou até
definitivamente, até por atravessarmos um momento delicado no Brasil, de
instabilidade financeiro, o que se torna um pouco mais difícil a reconstrução
de momento do espaço e até mesmo a pressão sofrida pelas milícias.
E que mais revolta seus adeptos é que em
outros momentos governado o Rio por outros prefeitos não houve tanta onda de
crimes contra à fé dos seguidores das religiões de matriz africana, e sim o
alarme do caos se deu durante a gestão do atual gestor, ao qual de portas
fechadas teve a petulância de receber pastores de sua religião para
privilegia-los com vários benefícios. Diante do século XXI, não podemos aceitar
essa inversão, onde uns são privilegiados pelos gestores, e por outro lado a
falta de ordem e punição mais severa à falta de respeito, a fé que são
descriminadas, em geral as de matriz enfrentam muito mais perseguição. Os
próximos rumos é a continuidade da construção, estudo e elaborações de ações
coletivas com finalidade de garantir ampla defesa dos direitos coletivos, de
todos os negros, pobres, periferia e menos favorecidos pelas causas de efeito
do governo, que tem boicotado com iniciativas que privilegia um lado e retalha
o outro.
A demonização criada pelas religiões
cristã monoteísta desde dos primórdios, hoje reflete de forma negativa ao
preconceito e desrespeito às práticas dos terreiros. Precisamos desde de já
traçar novos e diferentes caminhos para que possamos superar tal, de forma a
incluir todos em uma sociedade plural, democrática e laica, e onde o estado não
interfira nas escolhas do cidadão brasileiro, e para isso a construção através
da SOMA, se torna algo essencial nessa retomada das discussões sobre o
empoderamento da periferia e a garantia das ações coletivas. Precisamos todos
os dias e momentos garantir o fortalecimento e o avanço sobre tudo o
empoderamento da juventude nas estruturas políticas, para que se inicie uma
transformação cultural, ética, social e política.
— Bruno Silva é da União Cambeense dos
Estudantes Secundaristas, ativista social e da política de promoção da igualdade
racial, integral o copo de fundadores da SOMA —, coletivo suprapartidária que
tem como proposta a inclusão de novos formadores de opiniões e dirigentes nos
espaços políticos
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Versos
& Prosas | Favela - Idealizado por Zé da Cufa. Todavia, os textos,
entrevistas, artigos, entre outros meios de comunicação, são de autoria de
colaboradores e, em teste não representa ideias ou opiniões do veiculador. Disponibiliza
o espaço para dar vozes as pessoas, em especial aos jovens negros de favela,
garantindo assim não só a pluralidade do debate na sociedade, mas a
possibilidade de expor opiniões e produções textual.