segunda-feira, 18 de março de 2019

“O poder causa medo e retalhos nos afetados."


Versos & Prosas | Favela - Por Bruno Silva

Na SOMA você tem mais do que participação.
Os próprios afetados pelas transformações constantes decididas e deferidas pelos agentes políticos, em sua essência, dono das causas e dedicados em mudar e determinar como serão os próximos rumos de nossa essência, os rumos do país. As últimas decisões que vem aí a ser tomada, tem causado um efeito rolo compressor nas pessoas que são diretamente afetadas por tal, inclusive essas acabam em sua maioria ampla abdicando de lutar pelos seus ideais, expor sua tese de defesa ampla pela permanência e continuidade de seus direitos que deveriam ser preservados.

Direto e direito, as reformas propostas em geral afetam os PPP - pretos, pobres e da periferia, mas privilegia alguns da grande classe e também o legislativo, judiciário, executivo e as forças de segurança, enfim. Enquanto alguns tem muitos direitos, outros se exime desses, e na prática cada vez mais distantes ficam os menos favorecidos com os políticos sociais, que deveriam haver de forma integral de forma a reparar as injustiças, diferenças e somar as propostas.  E não só diretamente nos direitos evidentes que sofrem tais retalhos, mas sim também nas suas essenciais de sua existência, inclusive quando se trata sobre a religiosidade das pessoas, principalmente as religiões de matriz africana, que são constante confrontadas, sofrem preconceito e exclusão. Hoje após a abolição da escravidão, a Lei Áurea trouxe um maior conforto aos negros, que durante anos foram explorados de forma simplificar, e também privados de exercerem sua fé.
As religiões que hoje conhecemos como candomblé, umbanda ou até mesmo a quimbanda, era considerado naquele período, como "bruxaria" e suprimidos pela santa inquisição, por apresentarem ameaças à igreja modelo na época, (religião cristã) e suas doutrinas. Dados do Rio de janeiro, da comissão de combate à intolerância religiosa, aponta que 70% dos casos de intolerância, abusos, violências e ofensas entre 2012 e 2015, são contra praticantes e adeptos das religiões de matriz africana, aponta. Mesmo diante do acesso maçante à mídia e mecanismo de busca, internet e todos os meios possíveis de adquirir conhecimentos, ainda a sociedade se encontra na inércia do retrocesso, constante e irreversível, o incentivo dos políticos para tal tem se tornado muito mais comum, à exemplo do Rio de janeiro em 2017 e 2018, onde foi houve o maior representação de intolerância, onde muitos Ilê axé de candomblé e terreiro de umbanda foram atacados, sofreram ataques que afetaram diretamente a sua estrutura, deixando de existir por momento ou até definitivamente, até por atravessarmos um momento delicado no Brasil, de instabilidade financeiro, o que se torna um pouco mais difícil a reconstrução de momento do espaço e até mesmo a pressão sofrida pelas milícias.
E que mais revolta seus adeptos é que em outros momentos governado o Rio por outros prefeitos não houve tanta onda de crimes contra à fé dos seguidores das religiões de matriz africana, e sim o alarme do caos se deu durante a gestão do atual gestor, ao qual de portas fechadas teve a petulância de receber pastores de sua religião para privilegia-los com vários benefícios. Diante do século XXI, não podemos aceitar essa inversão, onde uns são privilegiados pelos gestores, e por outro lado a falta de ordem e punição mais severa à falta de respeito, a fé que são descriminadas, em geral as de matriz enfrentam muito mais perseguição. Os próximos rumos é a continuidade da construção, estudo e elaborações de ações coletivas com finalidade de garantir ampla defesa dos direitos coletivos, de todos os negros, pobres, periferia e menos favorecidos pelas causas de efeito do governo, que tem boicotado com iniciativas que privilegia um lado e retalha o outro.
A demonização criada pelas religiões cristã monoteísta desde dos primórdios, hoje reflete de forma negativa ao preconceito e desrespeito às práticas dos terreiros. Precisamos desde de já traçar novos e diferentes caminhos para que possamos superar tal, de forma a incluir todos em uma sociedade plural, democrática e laica, e onde o estado não interfira nas escolhas do cidadão brasileiro, e para isso a construção através da SOMA, se torna algo essencial nessa retomada das discussões sobre o empoderamento da periferia e a garantia das ações coletivas. Precisamos todos os dias e momentos garantir o fortalecimento e o avanço sobre tudo o empoderamento da juventude nas estruturas políticas, para que se inicie uma transformação cultural, ética, social e política.
— Bruno Silva é da União Cambeense dos Estudantes Secundaristas, ativista social e da política de promoção da igualdade racial, integral o copo de fundadores da SOMA —, coletivo suprapartidária que tem como proposta a inclusão de novos formadores de opiniões e dirigentes nos espaços políticos
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Versos & Prosas | Favela - Idealizado por Zé da Cufa. Todavia, os textos, entrevistas, artigos, entre outros meios de comunicação, são de autoria de colaboradores e, em teste não representa ideias ou opiniões do veiculador. Disponibiliza o espaço para dar vozes as pessoas, em especial aos jovens negros de favela, garantindo assim não só a pluralidade do debate na sociedade, mas a possibilidade de expor opiniões e produções textual.

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