segunda-feira, 4 de junho de 2018

Empreendedorismo social: a transformação socioeconômica

VERSOS & PROSAS 
Por: José Antonio Campos Jardim
Desde outrora o ser humano inova nos métodos financeiros para própria subsistência. As favelas não se diferenciaram e nas últimas décadas ganhou o mundo através dos seus múltiplos negócios comunitário. Ao adentrar-nos mais variados seguimentos comerciais passaram ser cruciais não só á economia local, mas, ao desenvolvimento financeiro global. E, por via da ideia socioeconômica delineou outros olhares, as favelas, antes marginalizadas, deu-lhe lugares de destaque no capital financeiro bruto. Em suma, os empreendedores sociais integraram aos modelos de empreendedorismo universais por intermédio do capital local antes abnegado pelas especulações macroeconômicas.  Desta forma, passaram contribuir economicamente na evolução do país oferecendo produtos e serviços, à população suprimida do mercado tradicional, auxiliando no combater a pobreza e diminuir a desigualdade social.

(Foto: Giban)
O empreendedor social cria negócios lucrativos que resolvem problemas sociais. Mas, antes de tudo isto acontecer houve-se um tempo que o termo em questão era desconhecido da maioria dos nossos pares. E, em meio às ideias segregacionistas que entendemos que seríamos aqueles que impõem as mudanças em nosso favor, driblando os estigmas impostos e redistribuir as riquezas. E, por vontade de subsistir ao mercado é que ultrapassamos á visão metodológica cientifica na qual sugere que só é possível galgar economicamente através da macroeconomia. Distante do conhecimento de muitos de nós o termo empreendedorismo, recém-chegado nas universidades brasileiras por volta da década de 80, nos cursos de especializações, restringia-se aos estudantes de classe abastada, principalmente aos jovens que cresciam ouvindo histórias de sucesso. Há nós, era condicionado á crença autolimitante e, ser autônomo uma má ideia, talvez seja está imagem do subalterno que nos manteve satisfeito em só vender á mão de obra.
Escolhemos viver as sobras das nossas riquezas, sabidos, mas, assombrados pelo capitalismo selvagem sem ética para com as necessidades sociais, ambientais, políticas, culturais e do próprio individuo. Sob as resalvas de não nos vincularmos á imagem do empresário frio e calculista, sem responsabilidade social que valoriza o lucro. Enfim, ultrapassamos as primeiras barreiras da exclusão e inclusão, do assistencialismo, impostas sob a ausência daquilo que é necessário para melhor qualidade de vida do individuo. Diante de tantos desafios nas favelas, o empreendedorismo social tem um papel especial, não só de superação frente os estigmas, mas, proporcionado uma cultura empreendedora com resultados sistêmicos para toda sociedade, gerar renda e emprego, qualidade de vida, possibilitando outros á idealizar, conceber, projetar, executar, inovar e procurar soluções para problemas sociais. 
Ao passar dos anos aprendemos á diferenciar modelos de negócios, optamos por sustentabilidade financeira das ações e projetos sociais, desenvolvemos o livre mercado como quaisquer outros modelos de negocio financeiro, porém, promove lucro ou a renda na base, aproveita as oportunidades para beneficiar diretamente os pares, coibindo imigração dos nossos jovens para o mercado ilegal, a exemplo: 
O Menino Empreendedor I: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/o-menino-empreendedor-1ty48va9ba1g7euamzaium01k Transformações estas só acontecem de dentro para fora, onde o individuo se propõe a melhorar não só á sua qualidade de vida financeira, mas, do coletivo; se propõe a encontrar soluções e a construir meios para melhor qualidade de vida da comunidade. Robert Menezes disse que: "Empreendedorismo é a arte de fazer acontecer com motivação e criatividade." Como dito nesta reflexão é que diariamente buscamos renascem e geral grandes oportunidades. Convido á conhece Conecte Planta: https://www.conecteplante.com.br/ uma das nossas iniciativas de empreendedorismo social. Enfim, precisamos de muitos mais empreendedores sociais em nosso país, repensando diariamente os modelos de negócios nos seus contextos, capacitados e qualificando os seus pares e juntos proporcionarmos á transformação que queremos no mundo.  Em linhas gerais é das dificuldades diversas á necessidade de existência que surgem as boas ideias.
José Antonio Campos Jardim- Formado em Psicologia, Teologia e Técnico em Dependência Química. Empreendedor social, colunista do Verso & Prosas, ativista social e produtor cultural, Presidente Estadual da Central Única das Favelas do Paraná.


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