VERSOS | PROSAS –
Por: José Antonio Campos Jardim
Alguns episódios ou pensamentos
em nossas vidas são mágicos e únicos. E, até certo ponto são conscientes, não
dá para entendê-los no plano real. Todavia, é que eles surgem como um passe de
mágica e relaciona-se diretamente com o pensamento presente, nutrindo-se de fragmentos
do passado e atualizando-se de elementos do imaginário, ou seja, futuro. Dias
atrás fui agraciado com um episódio desses e neste em especial fui conduzido à
minha adolescência, passado e para ser mais exato, eu, voltei vinte e cinco
anos atrás da minha vida. Pela primeira vez ... na oportunidade pude acessar
meu imaginário (inconsciente/reprimido) foram alguns segundos de retrospectiva
de vida - doces lembranças. Na ocasião, deparei-me com um adolescente sem
perspectiva de vida, confuso, angustiado e inconformado com sua realidade e a
dos seus amigos adotados pela criminalidade. Tal devaneio veio à tona quando
estava preste a assumir minha fala na Escola Superior da Polícia Civil para
falar sobre "Racismo Institucional: E as Consequências Psicológicas para o
indivíduo". Em meu delirium vi-me na figura de um adolescente, magrelo,
franzino e assustado - nada diferente do cotidiano de milhares de adolescentes
nos dias atuais. Reafirmo, vivenciei pela primeira vez o tal do déjà-vu, eu,
achava que este lance de viajar acordado de olhos abertos era coisa de usuários
de drogas ou de ricos. É, foi uma alucinação muito louca como dizem, os pias
nas ruas.
Porém, ao votar a
realidade (presente) a minha mente me traiu e despojou-me de fatos vivenciados
na adolescência. Repreendeu-me do porquê da viajem e automaticamente,
relacionou o momento a minha vida passada. Nesta viajem tive o desprazer de
acessar os episódios de quando eu e meus amigos éramos perseguidos pelos
policias. Não teve um dia sequer em nossa história que um de nós não levou uma
geral da polícia. Éramos constantemente caçados, a todo momento, não entendíamos
- o por quê? No entanto, os episódios passaram a ser considerados por nós
"negativos", pois, todo vexame gerava ódio e para com todos os
policiais. Passamos a generalizar e tê-los como os homens maus. Nesta época,
por volata de 1980, também nutríamos nossas rivalidades entre as Gangues, ou
seja, entre as favelas vizinhas. Não dava para vacilar ao adentrar em
território inimigo e de igual forma com o efetivo que nos perseguia
diariamente. Gerenciávamos toda indignação de igual forma para com todos os
adversários. Éramos movidos pelo sentimento da raiva para com os adolescentes
das Gangues rivais por questões de território, liderança e das meninas. Já para
com os policiais por nos oprimir em público diariamente, lembro-me claramente
dos altos cola brincos (tampas na cabeça), socos no estomago e tapas na cara
durante os enquadro. Inúmeras vezes fomos envergonhadas em praça pública, nas
ruas e enfrente a "nossa escola" - matérias jogados ao chão.
Ao relacionarmos toda
humilhação vivenciada as leis das ruas e é claro, o sangue fervia, pois, era do
conhecimento de todos os pivetes que na cara de um ser humano não se bate. Mas,
os caras (policias) sabiam disso e utilizam dessa violência para nós humilhava
duas vezes - uma ao nos bater na cara e outra ao nos humilhar em público. Para nós
eles eram a personificação do sistema opressor, nas favelas. E, mesmo não
entendendo muito bem tal analise, pois, ora eram a lei e ordem, porém, na
surdina eram também os bandidos que passavam para arrecadar dinheiro nas bocas
de fumo. E como entender ou respeitar? Pois, os mesmos policiais que nos
abordavam com fins de manter a "ordem" eram o que promoviam a
desordem -, já anestesiados pelo descaso e cansados, constantemente respondíamos
as repetidas perguntas:
A) O que fazem aqui?
B) Usam drogas?
C) Onde mora?
Tínhamos as respostas
na ponta da língua, mas, não entendíamos o porquê agirem com crueldade conosco
ou melhor, hoje, entendo! Éramos nós proibidos de acessar nossos direitos a
cidade. E, nas abordagens os caras faziam questão de bagunçar as nossas bolsas
de escola em busca de nada -, era tanto terror para quê? Parece-me que tinham
prazer em jogar os nossos materiais escolares no chão - sorriam ao fazer isto.
... e por alguns minutos nos esculachavam. Várias e várias vezes jogaram nossos
cadernos no barro e pisotearam. ... e, ao final, tínhamos que juntar
rapidamente aos ponta pés, e mesmo, sabendo eles que estávamos voltando da
escola para casa. Entre todos adolescentes o João era o mais preto entre nós.
Um cara do bem, amigo de todos e para todos os momentos. O grupo apelidou pelo
vulgo de Tijolo. O negão era forte e bom de bola que só, chegou a jogar em
algumas escolinhas de futebol, mas, sem apoio familiar abandonou e foi ficar
conosco nas ruas. Ele era quem mais sofria com os enquadros.
Tijolo tinha um chute
de direita que mais parecia um tiro de canhão, assim dizia os goleiros e dava
até dó deles ou de quem se atrevia entra na frente dos chutes. Por várias vezes
no campinho de terra vermelha batida, presenciamos goleiros abandonar o gol na
carreira enquanto ele se preparava para chutar, outro que se ariscavam a pegar
seu chute quebraram o dedo ou dedos.
Nunca “entendemos” muito bem os motivos da revolta dele, pois, parte de
nós tínhamos os pais separados e “justificávamos ser revoltados” mediante às
separações. Já o Tijolo, convivia com os pais, tínhamos invejamos dele e sempre
nos questionamos o porquê usar drogas. ... ah, ele também era mostro na dança.
Em sua casa tinha tubaína e frango assado aos fins de semana. Na época em que
dançava ganhou vários títulos com o grupe de dança, Black Line. Não dava muito
para entender qual era a dele. ... o cara era bom de bola e dançava horrores e
tinha carne assado e tubaína em sua casa, as meninas piravam com ele. E era um
cara revoltado, ele convivia com mais três irmãos, os pais e o agregado, o
Palito. Tijolo sempre se referia ao Palito como cunhado. Palito não curtia a
galera, vivia pelos cantos e pouca conversa, o apelido fomo-nos que colocamos.
O cara era idêntico a um Palito de fósforos - cabelo avermelhado e magrelo. Ele
não convivia com a família do Tijolo, vinha uma vez ou outra nas quartas e na
sexta partia. Nos bastidores sempre rolava algumas piadas entre nós que o
maluco era casado e só passava na casa do Tijolo para dar uns pegas na irmã
dele. Rolou altas tretas por estas conversas fiadas, mas estava na cara que
havia alguma treta.
Quanto ao Tijolo não
sabíamos ao certo se os seus pais não ligavam para eles - ou seja, a mesma
situação que os nossos irmãos mais velhos, responsáveis pela casa e pelos
irmãos mais novos. Seus pais todos saiam de madrugada para trabalhar, ele
ficava na responsabilidade de arrumar os irmãos e levá-los para creche. Por
vezes chegava à escola atrasado com mil e uma desculpa, mas, dava pra perceber
pelo cabelo cheio de lá de coberta e sem o uniforme, quando uniformizado sujo e
amassada, rosto surjo de remela, os sinais indicava que ele dedicou todo o
tempo aos irmãos e se esqueceu dele, mas, não tinha desculpa era motivo das
piadas e várias brigas entre nos. Ele, malandro não deixava baixo e encarnava
em nossas almas relembrando nossas pisadas na bola nas ruas. Roberto, seu pai
era metido a malandrão, cheio de ginga no andar, falava na gíria, vivia de
banca em banca jogando no bicho com a velha ilusão que ganharia e ficaria rico.
Sua mãe, Maria uma negra peso pesado, saia muito cedo todos os dias para
trabalhar de diarista - partia no primeiro busão, ás 5h30 da madrugada. Poucas
vezes há víamos a não ser aos finais de semana, no domingo quando preparava o
delicioso frango. E, nos tempinhos que tinha entre o jogão e limpeza da casa
aplicava aquele sermão... “olha o que vocês estão aprontando durante a
semana". ... "já avisei vocês! ... Se souber de algo vou pegar todos
pela orelha e levar até os pais de vocês - só a voz de trovão dá mulher já
metia maior medo”. Sim tia. ... estamos de boa, não estamos fazendo nada - era
nossa resposta. Na frente dá casa do Tijolo, havia uma grande árvore de Santa
Barbara, embaixo daquela abençoada sombra, fizemos alguns bancos, transformamos
a casa do maluco, em nosso QG. Toda Gangue se reunia ali durante a semana,
orquestrávamos as bagunças nas ruas, jogos de futebol, os passes de dança e os
passeios. Enfim, tudo era maravilhoso, mas sempre nos incomodava e nos
angustiava em ouvir o Tijolo falando das gerais na rua, indagávamos o porquê
das perseguições, ele alvo constante da polícia e não entendíamos. Anos depois
um senhor capoeirista nos explicou, passamos a entendemos que os negros, ou
seja, tudo que está ligado à cultura afro-brasileira era alvo de injurias e por
ser ele negro -, suspeitos pelos policiais e pela cor eram subjugados
constantemente. Tijolo parecia o homem arranha, vivia com as mãos nas paredes.
Foi nesta época que observamos como éramos vistos pelos brancos asfatistas. E,
ser negro para os policias e para uma grande parcela da sociedade é ser sempre
o suspeito. Desta forma, fez para nós total sentido a letra Negro Drama -
Racionais Mc´s para nós.
Todavia, toda perseguição alimentava o nosso ódio. ... nossa vontade era parti pra cima, mas,
sabíamos que levaríamos desacerto grande. ... o jeito era ficar calado, pois,
só de responder “não” em vez de “não senhor” apanhávamos na cara com direito a
plateia nos assistindo. No entanto, toda
repressão alimentava minha indignação, mas, de forma contrária e tinha comigo
que sobressairia ao sistema opressor, não ficaria na inércia que o sistema me
colocava, não seria tragado pelo crime e ser mais um preto fudido a alimentar o
sistema carcerário. Em meio a toda desgraça que a nós é atribuído, aprendi que
nada vem fácil da ponte pra cá. ... (Racionais) e superar, ocupar espaços é a
meta, pois só assim contrariamos as estatísticas. ... anos se passaram e nada
mudou para adolescentes negros no Brasil. As oportunidades continuam escassas,
jovens sendo assassinado diariamente e os espaço de poder continua predominado
pela elite patriarcal caucasiana. Lembro-me que parte de nós tive que
“abandonamos” os estudos para poder trabalhar nas lavouras de café, algodão,
soja e outras entre safras. A renda servia para nos manter e auxiliar nos
gastos de nossas casas. O pior de ser boia-fria era ter que aguentar os outros
adolescentes brancos nos zoando. Éramos motivos de sátiras e piadas constante
pela cor de pele, perseguido por trabalhar na roça e ter a cor da pele preta.
Mas, pia de rua é terrível, logo desenvolvemos nossas táticas para ludibriar a
geral sobre nosso trampo. E, passamos a deixar as roupas surjas na roça dentro
de sacola plástica, caso chovesse durante a noite e íamos com as roupas de ir à
igreja nos domingos. E, quando os outros perguntavam em que é onde trabalhávamos
sem titubear dávamos o papo reto na geral, inventando as mais loucas empresas e
serviços. Por algum tempo os vacilões curiosos caíram em nosso papo furado.
Mas, alguns adolescente não estavam nem aí com nossos trabalhos, ficavam
de zoião em nossas roupas, maravilhados em nos ver ostentando tênis de marca e
em nosso dinheiro, era só alegria, geral e a tia da barraca de pastel ficava de
cara, pois, tínhamos grana todos os dias pra compra tubaína, pão francês e
paçoquinha de amendoim todos os dias. Algumas pessoas indagavam como podia
termos “ótimos serviços” e não estudar, aliás estudávamos, mas já ouviu falar
no estudante turista? Aparece no início do ano e no fim pra reclamar das faltas
e das notas. Um dia a casa caiu, um ou alguns pilantras nos fizeram o favor de
roubarem as nossas roupas na roça. Naquele dia tivemos que capinar soja com as
roupas de passeio. E, capinar soja têm dois problemas, o primeiro: O orvalho da
noite que molha as folhas do pé de soja que molha toda a roupa durante a manhã;
segundo. ... á terra vermelha seca sobe com as enxadadas. Juntando estas
misturas (água e terra) temos a química perfeita para formação do barro. Em
resumo as nossas roupas ficaram imundas/avermelhadas. Ao desembarcarmos do
pau-de-arara (caminhão que transportava as pessoas - hoje proibido), para nossa
infelicidade demos de cara com o Barata. Um cara que classificamos no mínimo
estranho, branco igual uma folha de papel, seus olhos eram tão azuis que
parecia com o fundo da piscina da casa onde minha mãe trabalhava, cortava o
cabelo modelo tigelinha, vivia isolados na escola, não era amigo de ninguém e
também não era nosso inimigo. Nossa missão era tentar calar o Barata, pois ele
nos viu descendo do pau-de-arara, sujos.
Barata, era uma espécie de lobo solitário, sem matilha. Não tinha amigos
e vivia isolado. Por algumas vezes nos ajudou com algumas brigas na escola, sem
parceria afetiva, até o dia que solicitamos sua ajuda contra a Gangue Sete
Copas. Está Gangue era temida na escola pelo grande número de membros, pela
crueldade e por nunca apanharem das outras Gangues. Os caras empatavam com a
gente, pois também até aquele dia éramos invictos. Sempre ficou no ar se um dia
nos encontrasse que levaria a pior. Por fim este triste dia chegou, o medo
falou mais alto entre nós, pois, algumas histórias circulavam nos corredores da
escola que os Sete Copas tinham furado de faca um pai de um aluno. Éramos
terríveis, mas nada de machucar as pessoas. Naquele momento toda ajuda era
bem-vinda e nada melhor do que o Barata, cara estranho com hábitos sinistro
para somar-se a nós. Nosso calculo era ter reforço para chegar de igual na
guerra que estava por vir. Barata ao ser convocado de imediato aceito e nos
convocou para de estratégia de guerra. Marcou a reunião no banheiro da escola
no intervalo. Ao adentramos, ele todo valentão colocou geral pra fora e de
imediato ordenou o Tijolo que guardasse á porta - "não deixe ninguém
entrar. ... se não pego você de soco negão". Naquele dia para nossa
tristeza descobrimos que o Barata andava armado com um punhal, corrente e um
soco inglês, tudo dentro da velha bolsa jeans. E, material escolar nada, o cara
se achava o Rambo. Tudo que não precisávamos para nossa treta. Descobrimos que
todo aquele armamento era o motivo dos outros alunos o temer. De imediato, o
Barata topou fazer parte da confusão, mas, deixo bem claro que usaria seu
punhal e nós a corrente e o soco inglês e que queria furar alguém. Quero ver
sangue! Suas palavras aterrorizaram a todos naquela manhã. Saímos da reunião
com dúvidas sobre nossa escolha de parceiro, pois, o maluco era um
"psicopata". E, ao sacar o punhal de dentro da calça no banheiro
entrou em êxtase. Lembrou-me do cabo branco e preto, o bagulho parecia não ter
mais fim ao ser empunhado de dentro da sua calça. Entramos em choque, pois, o
"psicopata" do Barata queria é matar.
E, com medo de irmos todos presos o jeito era abortar a missão.
Convocamos outra reunião. Mas, como falaria para o louco que não rolava sua
ajuda, tentamos convencê-lo em não nos ajudar. Não sabemos se ele entendeu ou
não, mas, na hora da treta ele compareceu e saiu foi no soco contra os nossos
“adversários”. Ufa mais uma vitória e sem morte, alegria, mas, por alguns anos
tivemos que andar em duplas, pois, passamos a ser perseguidos pelos Sete Copas.
O Barata só teve que amargar um olho roxo que para ele tinha como troféu. E,
entre nós ficou a dúvida se o Barata era mesmo Rambo que ele falava ou Branca
de Neve - pois, nada do que falou fez. À resposta não saberemos, ele morreu.
Mas, na tarde em que nos viu descendo do caminhão de boia fria, fomos até sua
casa para convencê-lo a ficar de boca fechada, sabíamos que era missão
impossível, tentamos. Ele nos pediu grana semanalmente, recusamos e tentamos
entrar em um acordo e não rolou. Cogitamos de dar uma surra nele, porém, o medo
do armamento nos impediu. Voltamos para o QG e nos veio à ideia de ameaçar,
enfim, como ameaçar um doido. Não tinha medo de nada. ... assim demonstrava.
Nada das negociações avançou e por fim o excomungado do Barata só faltou pôr as
nossas fotos nos jornais. Por meses fomos motivo de piadas novamente. Mal sabia
o Barata que tinha me feito um favor, pois, mediante este episódio resolvi
volta de vez para escola e deixar de ser turista. Decidi que terai um emprego
que não me rendesse piadas.
E, com todas as dificuldades de um analfabeto funcional conclui mesmo
estudo e fui para faculdade e me formei em teologia e psicologia. Ao olha para
nosso grupo do passado e para os adolescentes de hoje e, me pergunto: quais são
as perspectivas de vida? O Barata nunca machucou ninguém a não ser ele mesmo,
pois, um dia em alta velocidade bateu com seu carro contra uma arvore. Toda dor
de existir e não ter a cor estabelecida como padrão é que levou o Tijolo ao
consumo de drogas e abandonar sua carreira no futebol, pois, era motivo de
piadas na escolinha de futebol e constantemente perseguido pelos policias.
Isto, viemos saber anos depois no velório do seu irmão mais novo que foi
assassinado em uma briga de Gangue. No dia 5 de dezembro, pude voltar ao tempo
e vivenciar nossa realidade. ... hoje, entender um pouco sobre a dor da alma,
ou melhor, das dores que acumulamos por anos mediante a segregação e
marginalização da nossa cor, credo religioso, condição social, cultural,
financeira e outros. É fato que milhares de adolescentes não sabem lidar com
suas dores, mediante a segregação, são consumidos dia-a-dia em suas angústias e
opta pelo anestésico da favela, o crack. Que fique escurecido a todos que nem
todo adolescente negro é ladrão por morar em uma favela ou por ser boia fria.
... e, sim, todo adolescente é cidadão.
E, mesmo os nossos pais não ocupando os espaços de poder e não liderando
as grandes empresas no Brasil. Nós negros somamos 54% da população,
movimentando 68,6 bilhões de reais por ano, segundo o Instituto Data Favela. E,
mesmo sendo parte essencial nesta sociedade hipócrita, mal temos acesso a
serviços básicos e muitos governantes insistem em fala de meritocracia e que
eles saibam que não tem como falar de méritos em um país que não distribui de
igual forma suas oportunidades para com todos.
José
Antonio é Presidente Estadual da Central Única das Favelas do Paraná, ativista
social, empreendedor social, pastor IPB, formado em Teologia (FTSA) e
Psicologia. Contato: jose.cufaparana@gmail.com